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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

RAZÕES PARA NÃO VOTAR EM VÍTOR SOUSA – Parte 2

Prosseguindo com a prosa de ontem:

4- A candidatura de Vítor Sousa apresenta como prioridades, aliás bem patentes nos cartazes espalhados pelo  Concelho, a educação, o emprego, o desporto e o apoio social. Mas isto não é o que sido sempre apregoado em eleições anteriores? E haverá algum candidato que não o faça? Apregoar desta forma genérica é muito fácil? Mas que medidas e ações concretas irão ser desenvolvidas em todas estas áreas? Mudar umas lâmpadas em algumas escolas ou criar mais um gabinete (sempre se garantem alguns lugares para uns boys) para dar apoio moral aos jovens à procura de 1º emprego e aos desempregados? Que incentivos ou apoios concretos irão ser concedidos às empresas, pois são estas que poderão criar algum emprego? Apoiar de forma equitativa e justa todas as instituições desportivas? Tudo isto com o rigor e a justiça que têm sido tão propalados?
Pois eu não acredito que se Vítor Sousa vencesse as eleições promovesse o desenvolvimento, nestas e em todas as vertentes, redistribuindo apoios que se concentram em algumas entidades por um maior número de instituições, por forma a prosseguir com um desenvolvimento equilibrado e justo. Para isso seria preciso ter coragem, mas também vontade, para  apoiar e premiar as atividades comprovadamente meritórias e não aquelas que estão acomodadas, por terem como garantido os apoios, só porque é tradição que assim seja.

5- À primeira vista pode parecer que Vítor Sousa iria promover novas políticas, mais adequadas e exigidas pelo contexto socioeconómico atualmente vigente. E que para isso disporá de uma equipa amplamente renovada, na vereação e nas empresas municipais, que traria uma outra dinâmica e participação, com novas ideias e projetos e com mais competência.

Contudo, atentemos no seguinte, começando pela equipa para a vereação:

  • · Hugo Pires já transita da vereação anterior. Parece-me que fez trabalho algo meritório no âmbito do pelouro da juventude ;
  • ·   Palmira Maciel na educação e desporto. há já alguns anos. Não se lhe conheceu, até agora, qualquer ideia ou proposta para melhorar  estes dois setores fundamentais, sobretudo para as crianças e jovens.  Limitou-se a "executar o que o Senhor Presidente mandava", durante todo o tempo em que ocupou o lugar. Bem como no que respeita ao apoio social, fundamental para as famílias carenciadas e idosos.


   Passemos aos lugares nas administrações das empresas municipais (setor empresarial local) no que respeita aos ex-vereadores e aos atuais elementos, na tradição do Presidente Mesquita Machado:

  • ·   TUB - retorno previsto da ex-vereadora Ana Paula Morais, que figura nos primeiros lugares da lista para a Assembleia Municipal, ao cargo de gestora pública a tempo inteiro;


  • ·  PEB (Parque de Exposições de Braga) - possibilidade forte de ingresso de Ilda Carneiro, que figura nos primeiros lugares da lista para a Assembleia Municipal, na administração desta empresa, como gestora pública a tempo inteiro;


  • ·  Teatro Circo de Braga - possibilidade forte de ingresso de Ilda Carneiro, na administração como gestora pública a tempo inteiro, como opção ao PEB;


  • ·   BRAGAHABIT - continuidade de João Nogueira e Henrique Moura como gestores públicos a tempo inteiro;


  • ·  AGERE - continuidade de Nuno Alpoim, que figura nos primeiros lugares da lista para a Assembleia Municipal, como administrador/gestor.


Como é evidente, não é necessário dizer mais nada no que respeita à renovação.
Apenas que todos eles têm largos anos de meritória experiência, como vereadores, nos mandatos do Presidente Mesquita Machado.
E não estou a ver que algo de muito diferente, do que é aqui perspetivado,  pudesse acontecer caso Vítor Sousa chegue a Presidente do Município de Braga atendendo à participação, na lista para a Assembleia Municipal ,de algumas destas pessoas.
É que a "lealdade" tem o seu "preço".

6- Já por falar em lealdade,  não esquecer o que se passou entre Vítor Sousa e António Braga. Este último depositou as chaves do aparelho partidário nas mão do primeiro, que até determinada altura as guardou muito bem (com a ajuda de alguns outros)  até com denodada fidelidade e mesmo promovendo acrescidos apoios ao Deputado e ex-Secretário de Estado contra outros potenciais líderes do aparelho.
No entanto Vítor Sousa veio a investir-se, a partir de certa altura, de uma legítima ambição de vir a ser Presidente do Município de Braga e, como recentemente anunciou, só está disponível para contribuir para o desenvolvimento de Braga, enquanto Presidente.
Pois eu acho muito bem. Os eleitores que nele votarem, que arranjem outro para estar na oposição, porque ele nesse papel não tem nenhuma experiência, nem quer vir a ter.

Esta é, espantosamente, uma nova visão sobre a democracia - a oposição não faz falta!? Só estorva!?

Mas como Ricardo Rio já tem larga experiência no papel de líder da oposição, aliás sem desistir, nunca diminuindo o papel importante que ela representa num regime democrático, merece agora a nossa confiança para experimentar a função de líder da governação do Concelho de Braga e trazer a esta uma lufada de ar fresco.
Não de pode avaliar o desempenho de uma pessoa, em determinada função, com base em conjeturas  do tipo "ele não é capaz ou não vai conseguir", sem que a pessoa exerça essa função.


Sendo que ao fim de um período de 4 anos se poderá fazer uma avaliação. 

domingo, 22 de setembro de 2013

 RAZÕES PARA NÃO VOTAR EM VÍTOR SOUSA – Parte 1

Na semana passada, Miguel Brito conseguiu juntar 50 pessoas, num auditório de Braga, para lhes dizer que apoiava Vítor Sousa, baseado em 8 adjetivos utilizados para definir o perfil do candidato. Ora os adjetivos que utilizou podem ser utilizados para qualificar milhões de pessoas.
O que o Miguel Brito não consegue fazer é explicar de que forma prática é que esses adjetivos transformariam Vítor Sousa num bom Presidente da Câmara de Braga.
Ou será que basta um bom convívio há mesa “a falar dos filhos, da vida e de futebol”, como amigos, para concluir que Vítor Sousa é o melhor candidato?

Caro Miguel, como diz o ditado: “amigos, amigos, negócios à parte”.

Não está em causa o facto de o Vítor Sousa ser uma boa pessoa. Mas o mundo está repleto de boas pessoas e isso não as qualifica para serem Presidentes do Município de Braga, o que é o caso do Vítor Sousa. Ora não tenho dúvidas de que o Vítor Sousa e o Miguel Brito sejam amigos. Mas também não tenho dúvidas que muitos dos que se dizem amigos dele, o são apenas por interesse. Para manterem um lugar ou um cargo de nomeação política que já têm. Outros na esperança de virem a obter um lugar na Administração Local (Câmara, Empresas Municipais, Empresas Intermunicipais, etc. Outros ainda para manter umas avenças com as entidades públicas municipais ou para fornecerem bens e serviços e ainda muitas outras situações.

Pois o Miguel Brito, com quem aliás me dou bem em termos pessoais, não tem grande credibilidade quando veste o fato de político. É o seu historial que o comprova, através do percurso que tem feito na política.

Ora em contraposição às 8 razões (adjetivos) do Miguel Brito, que não foram esmiuçadas no sentido de percebermos de percebermos como elas, conjugadas, transformam uma pessoa num bom Presidente do Município de Braga, há razões evidentes e muito fortes para considerar, precisamente, o contrário:

1- O atual Vice-Presidente do Município de Braga está, há 17 anos consecutivos no poder e na administração autárquica, como se confirma no curriculum que tem sido amplamente divulgado:

Vítor Sousa, 54 anos, é natural de Angola, casado e tem dois filhos.
Gosta de cinema, literatura, pesca e música.
Reside em Braga, cidade que o acolheu desde os 10 anos de idade.


EXPERIÊNCIA / ACTIVIDADES POLÍTICAS

2012
 - Presidente da Concelhia de Braga do Partido Socialista desde Junho de 2012 
2009
 - Vice-Presidente da Câmara Municipal de Braga desde 2009

Foi Vereador dos Pelouros:

1996/1997
 - Atividades Económicas, Trânsito, Turismo, Mercado Municipal e Fiscalização Municipal 
1997/2001
 - Atividades Económicas, Trânsito e Turismo | Responsável pela obra e implementação do Mercado Abastecedor de Braga 
2001/2005
 - Atividades Económicas, Trânsito, Turismo e Administrador do Mercado Abastecedor de Braga 

1997/2009
 - Presidente do Conselho de Administração dos Transportes Urbanos de Braga 
1989/1996
 - Director-Geral da Rádio Antena Minho 
1993/1996
 - Administrador do Jornal Correio do Minho 
1997
 - Presidente da Associação das Festas de S. João desde 1997


Durante todo este tempo não se lhe conhece visão alguma para o desenvolvimento do Concelho de Braga e muito menos estratégica. Pois agora vem dizer que – “Temos um programa para um plano estratégico de médio e longo prazo. Vamos entrar num novo ciclo de abordagem dos fundos comunitários. Temos de trabalhar num horizonte até 2020, ir de encontro a uma cidade ‘fun’, uma cidade activa, viva, em que as famílias se sintam bem com arte, cultura, ambiente. Quero uma cidade onde todos se sintam bem” (in Correio do Minho, 21/09/2013).
Mas então qual é esse plano estratégico? Será que Vítor Sousa sabe o que é um plano estratégico? O que tenho visto é o lançamento, em catadupa, de promessas e mais promessas, de quem tudo vai fazer e resolver, sabendo nós que não terá sequer os meios para cumprir uma pequena parte do que promete. É que infelizmente para nós cidadãos e contribuintes, os atores políticos podem prometer tudo sem que, depois de eleitos, sejam escrutinados e penalizados pelos incumprimentos. Se um dia o vierem a ser, por exemplo com a perda de mandato, deixam de prometer “mundos e fundos”.
Ora Vítor Sousa sabe muito bem quais os meios materiais e financeiros que o Município de Braga dispõe para governar e também deveria saber quais os que se perspetival existir num horizonte de médio prazo. E como tal sabe muito bem que não será possível cumprir com tudo o que tem prometido.
No que respeita às atividades económicas, vejam os anos consecutivos em que deteve este pelouro, como vereador e quais foram os contributos que deu para a promoção do crescimento e o desenvolvimento económicos e consequente desenvolvimento social do Concelho de Braga.
Felizmente que em Portugal há Municípios que, em diálogo e em concertação com os representantes do tecido empresarial e dos trabalhadores, se têm desenvolvido com base em atividades económicas que se destacam ao nível local e se projetam aos níveis nacional e internacional.

2- Até há 12 anos atrás (últimos 3 mandatos) a governação do Presidente Mesquita Machado foi meritória, tendo dotado Braga das infraestruturas básicas necessárias e da promoção do crescimento de Braga através do fomento da construção habitacional a preços competitivos.
Sem dúvida alguma que o Presidente Mesquita Machado foi o principal impulsionador do crescimento e desenvolvimento de Braga. No entanto, em 2001, já Braga tinha um apreciável excedente de fogos habitacionais, que veio sempre a crescer até há muito pouco tempo. Pois o Presidente Mesquita Machado não soube ou não quis dar sinais ao setor da construção, de que era preciso parar com a edificação de novos imóveis e apostarem na reabilitação do edificado. E também não quis parar com obras e arranjos desnecessários e reafectar recursos ao apoio das atividades económicas de todas as áreas.
Mas a responsabilidade não é só dele, porque nenhum vereador e nenhum Vice-Presidente do Município, incluindo Vítor Sousa, teve coragem para demonstrar ao Presidente Mesquita Machado que era necessário mudar de rumo. Muito pelo contrário até achavam que o rumo estava certo. Cheguei a ouvir como justificação que eram necessária muito mais habitações porque vinham 40.000 macaenses para Braga, que assim superaria os 200.000 habitantes. Mas porque será que todos eles tinham um especial apreço pelas empresas de construção e as empresas dos outros ramos de atividade foram sempre “filhas de um Deus menor”? Que “valores” mais altos se alevantavam?
Por tudo isto, Vítor Sousa não pode vir agora dizer que vai apoiar as empresas, que vai apostar nisto e naquilo ou em tudo quando, ao longo de 17 anos, esteve no poder e não se viu nada.
Também não diz como é que vai cumprir as promessas. Com que recursos, de que forma e quando?
Pois eu não acredito que Vítor Sousa, se fosse eleito Presidente do Município, fizesse uma ínfima parte daquilo que tem anunciado.
Lembram-se de, nas feiras, haver aqueles personagens a que chamavam “vendedores de banha da cobra”?

3- Passamos à 3ª razão que se prende com uma declaração de Vítor Sousa, na entrevista dada ao seu principal jornal de campanha:

“P - Caso não seja eleito presidente, vai aceitar um pelouro, se lhe for proposto?
R - Nesta abordagem temos de ser sérios. Estou nesta candidatura não numa lógica de projecto pessoal, mas numa lógica de cidade e de colocar o meu capital ao serviço de Braga em função do trabalho que fiz até hoje. Eu sou candidato para ser presidente de câmara. Se os bracararenses não me depositarem essa confiança, não tenho condições para ser vereador.”

Pois “bem prega Frei Tomás” quando se vem criticar Ricardo Rio nunca ter aceitado qualquer pelouro. Isto é demagogia no seu grau mais elevado. Ora todos sabem que até os vereadores do PS não tinham competências decisórias algumas, não mandavam nada e ao Ricardo Rio, se aceitasse pelouro, ser-lhe-iam dadas competências para tomar decisões.

E agora, Vítor Sousa vem dizer que só quer ser Presidente e se perder não será vereador. Há quem chame a isto “sede de poder” o que não augura nada de bom. 

Parte 2 - Talvez ainda hoje.