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domingo, 15 de janeiro de 2012

O ESTADO DA POLÍTICA BRACARENSE

Como referi num comentário à crónica anterior, é agora a vez de tergiversar sobre as movimentações partidárias que, à distância de 2 anos das próximas eleições autárquicas, já aquecem o ambiente político.
Começando pelo PSD, parece que a “casa” já está arrumada, como aliás se previa, apesar de, há algum tempo virem a ser lançados alguns rumores de que Ricardo Rio não seria o candidato deste partido. Ora, hoje de manhã, li nos jornais que Ricardo Rio foi escolhido, por unanimidade, como o candidato do PSD a ocupar o lugar de próximo Presidente do Município de Braga. Portanto, quanto ao PSD pouco mais ou mesmo nada há para especular. Podendo este partido, ou a coligação se esta se mantiver, começar já a preparar o combate eleitoral de 2013.

Já quanto ao PS, as coisas estão muito complicadas como, aliás, já se previa. Pois há uns meses atrás, ouvia-se dizer nos mentideros que havia, à partida, dois candidatos a perfilar-se, Vítor Sousa e Hugo Pires, a defrontar-se nas eleições da comissão política, para emergir um deles como o candidato a Presidente do Município. Nessa altura era deveras engraçado ver, sobretudo as atuais vereadoras a fazerem contas de cabeça e a posicionarem-se, para um ou outro lado, conforme pressentiam quem teria mais hipóteses de vitória. Como se isso lhes adiantasse alguma coisa, dado que o PS não vai concorrer sozinho às autárquicas, seja ele quem for o candidato. Claro que o nome de António Braga também era ventilado. Mas com a maioria dos experts políticos a considerar que ele não estaria interessado porque lhe tinham “roubado” o aparelho partidário e as “tropas” de que dispunha antes.
Nesse tempo, eu seria dos poucos que estava convencido de que o António Braga iria avançar e até o escrevi aqui, numa crónica, antes de ele próprio assumir a candidatura e o anunciar. Isto sem dispor de qualquer tipo de informação privilegiada, até porque já não sou militante do PS há 2 anos, tendo na altura enviado o meu cartão de militante, juntamente com uma carta de 2 páginas, ao então Secretário-Geral do PS, José Sócrates, explicando o que se estava a passar, na minha perspetiva, no PS de Braga. Obviamente que ninguém me respondeu, nem eu estava à espera depois do que escrevi e apenas recebi uma notificação de que estava concluído o meu processo de desfiliação. Mas só isto dava para uma crónica e das grandes. Pois agora estou como diz, repetidamente o Peter Axe, conhecido gestor de uma empresa intermunicipal que detém o monopólio no respetivo ramo de atividade: “ Eu não voto em Partidos mas sim em pessoas”.É cómodo e pode ser rentável. Só que as únicas eleições em que se vota em pessoas e não em Partidos são as presidenciais. Mas a fábula de Peter Axe merece uma crónica exclusiva.

Ora retomando o tema, o António Braga avançou, obtendo logo o apoio de alguns notáveis do PS de Braga, o que deixou muita gente baralhada. Cumpre-me referir que, conhecendo muitos desses notáveis, pessoas que pensam e se preocupam e nunca precisaram da política para sobreviver, considero-os como pessoas sérias e que estão na política por convicção e não por qualquer interesse económico ou para deterem poder.
Foi pois engraçado ver muita gente aflita, que já não sabia o que fazer. Então o partido passava a ter 3 candidatos? Se com dois já era difícil decidir para que lado cair, então com três é que era.
Mas eis que surge, há uns dias atrás, uma coligação uterina no PS, também para surpresa e desencanto de muitos. O atual vereador Hugo Pires resolveu apoiar a candidatura de Vítor Sousa nas eleições para a Comissão Política. O grande motivo apresentado foi o que seria preciso unir o PS de Braga. Então ele está desunido? E se está, quem foram os responsáveis por isso? Quem andou a considerar como persona nom grata muitos militantes, até que eles desistissem de participar? No entanto, para mim esta aliança tem uma simples explicação. Se cada um concorresse sozinho, com o António Braga também na corrida, os votos pulverizavam-se e a vitória do António Braga sairia facilitada. E a questão dos “jobs for the boys” como é que ficaria?

Para concluir esta prosa, mas por agora porque o tema vai dar pano para mangas, faço a seguinte síntese:

·         António Braga lançou o lema – “Abrir o PS de Braga à participação da sociedade civil”. E a muitos militantes do PS, não? Pelos vistos parece que o PS Braga (e não do Braga para não haver confusões) tem andado fechado.
·         Hugo Pires diz que é preciso unir o PS Braga e por isso apoia Vítor Sousa. Quer dizer que o Partido tem estado desunido? Quem terá sido o responsável? Não terá sido o Coordenador da Secção de Braga, que agora vai querer juntar os cacos no seu próprio interesse?
·         Vítor Sousa afirma que tem uma estratégia para Braga. Só que não explica ainda qual é ela. Será que é segredo? Ou só a revela se ganhar?

Para terminar, no que ao PS diz respeito, fica a pergunta – Quais os verdadeiros interesses, de cada um deles, em chegar a Presidente do Município de Braga? Encontrar a resposta será um desafio maior que jogar “Onde está o Wally?”

Quanto ao PSD, estando resolvida, definitivamente, a questão do candidato à Câmara de Braga, Ricardo Rio que por acaso até tem (e exerce) uma profissão e não precisa da política para nada, pode com toda a calma e serenidade preparar a candidatura. Até esperou para ver o que se passava no PS, para ver resolvida a questão no PSD. E não tendo “faturas” (exceto as da Câmara claro, se ganhar) para pagar, pode elaborar um programa e os consequentes planos para Braga, sem ter que hipotecar qualquer dos seus objetivos. Se for este o caminho se ganhar o mérito será todo dele, apesar dos apoios de que irá necessitar. Se perder, a culpa também será toda dele.

Vamos acompanhando para ver e... até à próxima.

6 comentários:

  1. Se o Ricardo Rio não precisa da política para nada, porque é que os amigos do PSD das autarquias vizinhas e outras também do PSD mais longínquas lhe contratam trabalhos disponíveis em qualquer esquina???

    A loucura tem sitio pare se curar... deixe-se lá disso!

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  2. Em primeiro lugar, Sr. Anónimo Trinta e Sete, vá PAPQOP e chamar louco aos seus familiares. Vê-se por aí a quem está "encostado" e deve vassalagem. Em segundo lugar, o Ricardo Rio também precisa de trabalhar e tem competências para tal. Ou não podia ganhar a vida só porque é do PSD? Em receiro lugar, Sr. Anónimo Trinta e Sete (agradeço que passe a assinar com este nome) você é que é, concertez, um daqueles chulos incompetentes, que vive dos favores e à sombra de quem lhe dá as botas para lamber. Em quarto lugar, antes que venha com basófias acerca de mim, eu sou professor do ensino secundário desde 1982, por concurso público e mérito próprio e pertenço aos quadros da Escola Secundária Albert Sampaio, com muito orgulho, desde 1992. Além disso, tenho exercido muitas outras atividades profisionais e sociais, sempre por convite e não a pedido meu. Mas se quiser retirar o anonimato, podemos comparar os nossos dois currículos. Tem testículos para isso?

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  3. Grande compadre, é assim que se fala. Os anónimos não são de hoje, já no tempo do Salazar eles existiam e tinham categoria profissional "PIDES" e tinham também os anónimas serviçais "INFORMADORES", será que o Sr. Anónimo Trinta e Sete é um desses sobreviventes. Volto a informar que a rapaziada do Bairro do Anjos está contigo.
    Um abraço

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  4. Dá-lhes Paulo. Que nunca te falte a força no "GATILHO" para continuares a disparar. E não digas tudo o que sabes! Assim, eles borram-se todos e ficam à espreita da próxima. Um abraço do Zé Pagode.

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  5. Compacte, já estava a contar com essa Malta.

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  6. Felizmente que, por agora ainda nao me faltou a forca no "GATILHO" nem "munições". e nao prevejo que venha a faltar tão cedo.

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