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domingo, 19 de fevereiro de 2012

SE EU AINDA FOSSE

As primárias que estão em curso, no Partido Socialista de Braga, para as próximas eleições autárquicas estão a aquecer. E estando ainda distantes da realização dessas eleições parece-me que as coisas vão aquecer até ao rubro. Porque, finalmente, há vozes que pertenciam a um único coro, que estão a desafinar e a transferir-se para um outro grupo coral.
Ora isto era, por demais, previsível de ocorrer, quando o Sr. Engenheiro Mesquita Machado se retirasse, deixando a equipa sem treinador. Aliás, há uns anos para cá, ocorreu no PS de Braga um processo de enquistamento do partido, liderado pelo atual Vice-Presidente, criando um quisto no aparelho composto pelos respetivos boys, obedientes por necessidade e também por conveniência.
Efetivamente, este Sr. Vice-Presidente da Câmara e Coordenador da Secção de Braga do PS, de forma cirúrgica e disfarçada, veio liderando um processo de afastamento de muitos militantes dos órgãos do partido, compondo as listas para esses órgãos com os militantes que lhe convinham. Foi o que ocorreu nas anteriores eleições para a Comissão Política e na composição da última lista para a Assembleia Municipal.
Entretanto, os outros militantes, estavam limitados a participar em 2 ou 3 Assembleias da Secção, realizadas em cada ano, só para justificar que tinham assim oportunidade de intervir no Partido.
Quando aderi ao Partido Socialista, há cerca de 20 anos atrás, fi-lo porque ideologicamente era o que mais se aproximava das minhas ideias. Fi-lo também porque o Partido Socialista de então, pelo menos na Secção de Braga, estava organizado em Comissões de Trabalho e Estudo, onde se discutia política e ideias de forma aberta, estando o PS no Governo ou na oposição a nível nacional. Com o passar dos anos, tudo isto se foi esbatendo acompanhando o processo global de relegação das ideias políticas para segundo plano, em detrimento dos jogos de interesses no campo económico e dos negócios.
Por isto se foi instalando em mim uma profunda desilusão com a política e com os seus agentes mais diretos, que ocupavam os cargos de poder.
Até que há cerca de 2 anos atrás ao ser confrontado, não pessoalmente mas pelo telefone, com determinadas afirmações e com uma postura arrogante do “Chefe” da Secção de Braga do PS, decidi por fim à minha ligação ao Partido Socialista.
O que fiz foi escrever uma carta de duas páginas, dirigida ao Sr. José Sócrates, na qual exprimi a minha opinião sobre o que se estava a passar na Secção de Braga e as razões do meu abandono. A esta carta anexei o cartão de militante. Como única resposta que obtive, foi uma singela notificação de que a minha desfiliação do PS estava consumada.
Chegados a este ponto, se eu ainda fosse militante do Partido Socialista e tivesse oportunidade de contribuir para a escolha do próximo Presidente da Comissão Política da Secção de Braga, não apoiaria o Sr. Vítor Sousa. Por muitas e variadas razões, nenhuma de cariz pessoal porque eu não misturo nem confundo os contextos.
Se eu ainda fosse militante do Partido Socialista, não apoiaria o Vítor Sousa porque ele está completamente amarrado a interesses em que não prevalece o interesse público e coletivo. Porque ele não é capaz de colocar a competência e a capacidade acima dos favores que terá que fazer para compensar quem o vai apoiar. Porque ele não tem uma única ideia (pelo menos ainda não se expressou) sobre o que deverá ser o futuro de Braga e sobre uma governação que privilegie a qualidade de vida das pessoas em detrimento de mais do mesmo a que estamos habituados – obras, construção e betão. Porque ele não tem capacidade para constituir e liderar uma equipa de pessoas competentes, que pensem pela própria cabeça e que tenham ideias a consubstanciar em projetos de intervenção que beneficiem a população em geral e não este ou aquele em particular. Porque ele não teve ainda a coragem de se assumir, caso ganhe as “primárias” no PS, como candidato nas próximas autárquicas. Porque ele quer controlar tudo e estar em todo o lado e isso é de todo impossível, até para a pessoa mais competente do mundo. Porque ele não sabe distinguir o patamar político-partidário do patamar do bem coletivo e da governação que prossiga o interesse público.

Em suma, se eu ainda fosse militante do Partido Socialista, não votaria no Senhor Vítor Sousa, nas “primárias” do PS, porque ele não tem vontade e muito menos capacidade para se adaptar a um novo paradigma de governação, que os tempos atuais exigem, em que os escassos recursos disponíveis têm que ser utilizados e geridos, sem esbanjamentos em coisas supérfluas mas sim em prol do efetivo bem-estar das pessoas, no que para elas é essencial.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

O SENHOR PRESIDENTE FALOU E DISSE

Eu podia estar comodamente sossegado, preocupando-me apenas com o meu trabalho e com os projetos em que estou envolvido, que por sinal me estão a dar enorme satisfação profissional e pessoal, mas um homem não aguente.
 Então o Senhor Presidente, como a maioria dos seus súbditos o trata, veio estes dias exigir que o Governo tome “medidas concretas “ de apoio ao setor da construção civil que, segundo ele, atravessa uma crise sem precedentes. Justificando esta exigência com o facto de a Câmara de Braga estar a dar um bom exemplo”. Vem ainda dizer que o setor da construção civil precisa de uma reestruturação, explicando que “essa reestruturação não deve implicar despedimentos, mas sim a revitalização” do setor” e que é preciso por o setor a trabalhar.
Eu sei que o Senhor Presidente é um profundo conhecedor do setor da construção civil. Diria até que, ao longo de mais de trinta anos de experiência adquirida, através da prioridade absoluta que deu sempre a este setor, pouco ou nada se preocupando com os restantes setores da atividade económica. Contudo fico surpreendido por o Senhor Presidente não apontar medidas concretas para revitalizar o setor da construção e já agora, medidas concretas também para todos os outros setores que também são “filhos de deus”. Até porque, pelo menos que me lembre, o Senhor Presidente nunca apoiou setores de atividade económica que não tivessem incorporação de betão.
De há muitos anos para cá, o poder central e o poder local, incluindo o Senhor Presidente da Câmara de Braga, são responsáveis por grande parte do que está agora a acontecer no setor da construção civil. Por incompetência pura e talvez por interesses que a própria razão desconhece.
Mas já que ninguém lhe fez as perguntas certas, faço-as eu agora.
Porque é que o Senhor Presidente, enquanto responsável político máximo pela governação do Concelho de Braga não alertou, em tempo útil, para o excesso de construção nova que se continuou a realizar? Se não sabia que já havia excesso de fogos habitacionais no Concelho, pecou por omissão e incompetência. Se sabia e não fez nada, pecou por ação.
Pois é Senhor Presidente, o senhor devia saber que em 2003, já o Concelho de Braga tinha 60.000 fogos habitacionais em excesso. Que davam para duplicar a população de Braga. Isto segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, por mim utilizados num estudo que realizei. Mas houve quem me dissesse que não tinha razão. Que o setor ainda estava pujante e rentável. Quando já na altura, eu predizia que as empresas, apesar de serem privadas, deveriam ser alertadas para a reconversão de atividade, nomeadamente para a recuperação e regeneração de imóveis degradados. E aqui sim, a Câmara poderia ter uma intervenção importante, em parceria com essas empresas, promovendo a revitalização urbana e consequentemente alavancando outras atividades, como o comércio, restauração e serviços, além de repovoar o centro histórico. Mas não o fez e em agora falar nisso com 9 anos de atraso. Na altura o setor financeiro, nomeadamente a banca, tinha capacidade e disponibilidade para apoiar estes projetos. E agora onde é que as empresas se vão financiar para desenvolver estes projetos?
O Senhor Presidente continua a achar que o Estado tem que apoiar estas empresas de construção civil em dificuldades. O Senhor e mais alguns continuam a ignorar que, no país inteiro, há 800.000 fogos excedentários (dariam para um crescimento populacional em cerca de 24%) e muitos milhões de metros quadrados de edificado de diversos tipos sem qualquer utilização, votados ao abandono e em degradação.
Então o Senhor acha, que se deve manter intacto o tecido empresarial da construção civil, sem reduzir o número e a dimensão das empresas, que são privadas tal como os lucros que obtiveram ao longo dos anos e que desconhecemos por onde andam, e que os prejuízos sejam agora nacionalizados, sendo nós contribuintes a suportá-los?
Questiona-me o senhor: E os trabalhadores, como no caso da FDO, que ficam sem emprego e sem salário? Pois é com esses e com todos os que já estejam ou que venham a ficar nessa situação, seja do setor da construção ou de qualquer outro, que me preocupo.
Mas então o que o Senhor Presidente deveria fazer e que eu já referi noutra crónica, era poupar os milhões em obras que está a anunciar e na compra de mais imóveis (como a Fábrica da Confiança) e com esse dinheiro criar um fundo de capital de apoio às empresas, para evitar que elas encerrem a atividade, evitando o desemprego de muitos trabalhadores.
Com o desemprego a aumentar, o Senhor Presidente deveria consubstanciar as suas preocupações sociais, criando um banco alimentar municipal e refeitórios sociais para as muitas famílias carenciadas, muitas delas a passar fome, em consequência do desemprego, em muitos casos de todos os elementos do agregado familiar.
Que me diz a isto Senhor Presidente? Vai responder que não está nas competências da Câmara? Só que o Senhor não pode vir com essa desculpa, porque não é verdade, pois até tem uma empresa municipal que o poderá fazer com maior agilidade e eficácia. É preciso é dar-lhe meios, já que o lote dos CTT já era.
Então o Senhor Presidente está convencido que, com mais umas obras será possível manter a viabilidade de todas as empresas privadas de construção, que proliferaram como cogumelos, muito por culpa da ausência de um planeamento estratégico para a cidade e para o Concelho de Braga, durante 35 anos? Ou acha que teremos que ser nós, os contribuintes a subsidiar com os nossos impostos todas essas empresas, mesmo as que não têm mercado, quando os lucros, no tempo das vacas gordas, ficaram com quem os obteve. E as empresas dos outros setores, como ficam no meio disto? Não têm o mesmo direito? E como se garante que esses eventuais apoios que fossem concedidos, beneficiavam os trabalhadores que são quem mais precisa?
Pronto, já sei, que o Senhor Presidente quer ficar na história como o campeão da promoção do betão.
Pois eu acho que muitos dos 700 trabalhadores da FDO votaram si porque acreditavam que, quando ocorresse uma situação económica difícil como a que está em curso, com graves consequências ao nível social e do bem-estar, o Senhor Presidente tomaria medidas que respondessem imediatamente às graves carências ocorrentes. Tal como muitos outros, trabalhadores de outras empresas também já com problemas e de outras que, inevitavelmente, virão a tê-los, votaram em si na crença de que poderiam contar consigo. Provavelmente, muitos deles estarão desiludidos.
Pense nisto Senhor Presidente, que ainda está a tempo. Mesmo sabendo que está no último mandato mas também que ainda tem 2 anos de governação.
Tem aqui a oportunidade de ficar na história por motivos que perdurarão muito mais tempo.
É que pessoas mal alimentadas, com graves carências também a outros níveis, não querem saber de mais um arranjo urbanístico, mais uma estrada ou qualquer outra obra.
O que querem é sobreviver com dignidade e muitos, infelizmente, até dificuldades têm para alimentar os filhos.

domingo, 22 de janeiro de 2012

PREBENDA AO ENCAPUÇADO

Não é que esta noite, sonhei que o encapuçado não costuma ler o “Correio do Minho”, porque acha que é um jornal controlado pela Câmara de Braga. Claro que isto dói apenas um sonho parvo que eu tive.
Mas, à cautela, afinal sempre coloca aqui as duas crónicas, sobre o Bragadigital, publicadas no “Correio do Minho”, porque aqui eu tenho a certeza que ele lê.

E se quiser saber mais é só perguntar.  































































sábado, 21 de janeiro de 2012

OS ENCAPUÇADOS

 No pretérito dia 1 de Dezembro de 2011, em que se comemora o Dia da Restauração da Independência de Portugal do domínio ou governo espanhol, um escriba de meia tigela teve a ousadia de usar o nome de Costa Guimarães como heterónimo, para escrevinhar umas barbaridades, publicadas no jornal “Correio do Minho”. Além do nome, o escrivão, com o curso ainda por acabar (sem ofensa para aqueles que, profissionalmente, verdadeiramente o são) utilizou ainda a fotografia do Costa Guimarães, na página 18 do referido periódico, onde foi publicada uma rubrica denominada “Escrita em Dia”, chamando à minha pessoa “malfeitor ressabiado”. Sendo apanágio de um verdadeiro jornalista a “independência”, este anormal ainda por cima escolheu mal o dia.
Obviamente que estou em querer, que o Costa Guimarães, jornalista e escritor de mão cheia e de elevadas performances, já apresentou queixa contra este energúmeno que, armado em Fernando Pessoa usou o nome (e pior ainda, a foto) deste ilustre jornalista, corajoso e sempre pugnando pela verdade com total retidão e independência. Não esquecendo que o Costa Guimarães foi, durante muitos anos, diretor deste jornal, numa altura em que o jornalismo de investigação de situações e casos mais polémicos foi a imagem de marca do “Correio do Minho”.
Ora, o burro que fez isto – que jornalista não é de certeza, porque os que cumprem a nobre missão de informar, com verdade e rigor, também se preocupam em investigar e indagar situações, factos e especulações antes de produzir a informação ou opinião, deve ter o rabo bem preso e ladra a mando do(s) dono(s). E utilizar um nome tão prestigiado, no âmbito local, nacional e internacional, na esfera jornalística para, alarvemente e encapuçado, escrever tanto disparate junto, quando o Costa Guimarães sabe que as verdades são outras, merecia severa punição.
Pois começo por informar o autor de tal redação (tenho que confessar que se esforçou e até encontrou uma eloquente citação do grande Séneca) que eu sou como o Quim Barreiros e “gosto de mamar, mas é nos peitos da cabritinha”. Enquanto ele deve gostar mais de mamar numa “coisa” parecida com a do Séneca, pois este infelizmente já morreu. E porventura correrá o risco de, se o “governo local” mudar de cor, de nem a “coisa” parecida com a do Séneca ter para mamar.
Então esse ignorante obriga-me a repetir, pela milésima vez, que: SOU PROFESSOR DO ENSINO SECUNDÁRIO DESDE 1982, ECONOMISTA, GESTOR DE EMPRESAS, TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS, AUDITOR DE HABITAÇÃO, PERITO JUDICIAL, EX-JOGADOR DE MATRAQUILHOS E… (CHEGA PARA JÁ). QUE QUANDO FUI PARA DIRETOR DA ESCOLA PROFISSIONAL DE BRAGA FUI CONVIDADO, ENTREI LÁ EM 1992 E SAÍ EM 1999 AUFERINDO UM SALÁRIO SEMPRE INFERIOR AO DA TABELA PARA DIRETORES DE ESCOLAS PROFISSIONAIS. SAÍ DA ESCOLA PROFISSIONAL DE BRAGA PORQUE FUI CONVIDADO (OUVIU BEM SUA BESTA QUADRADA) PARA INSTALAR E POR EM FUNCIONAMENTO A BRAGAHABIT, DE ONDE SAÍ EM 2005, USUFRUINDO EXATAMENTE DAS MESMAS CONDIÇÕES DOS OUTROS ADMINISTRADORES DAS EMPRESAS MUNICIPAIS. EM 2006 FUI CONVIDADO PARA ASSUMIR AS FUNÇÕES DE GESTOR, EM ACUMULAÇÃO COM AS FUNÇÕES DE PROFESSOR DA ESCOLA SECUNDÁRIA ALBERTO SAMPAIO, COMO CONSULTOR (SEM QUALQUER PODER DE DECISÃO QUE CABIA E CABE À CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGA) DO BRAGADIGITAL, PROJETO QUE ESTAVA ENCALHADO (vou anexar duas crónicas que escrevi e foram publicadas no Correio do Minho” já que você, sua besta, não lê e não se informa). JÁ ME ESQUECIA DE DIZER QUE RECEBENDO HONORÁRIOS TAMBÉM INFERIORES AOS DA TABELA EM VIGOR. TAMBÉM EM 2006, FUI CONVIDADO PARA INTEGRAR O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO TEATRO CIRCO DE BRAGA, COMO ADMINISTRADOR NÃO EXECUTIVO. EM 2009 FUI DE NOVO CONVIDADO PARA VOLTAR À ESCOLA PROFISSIONAL DE BRAGA, DE ONDE SAÍ HÁ POUCOS MESES ATRÁS. PELO MEIO, A CÂMARA DE BRAGA PEDIU-ME PARA A REPRESENTAR COMO ÁRBITRO, NO TRIBUNAL ARBITRAL DO PORTO, NO LITÍGIO COM A GESWATER NO ÂMBITO DA AGERE NUMA AÇÃO DE MUITO DINHEIRO QUE O MUNICÍPIO (OU MELHOR OS CONTRIBUINTES) PODERIA TER DE PAGAR.
A sua letrada verborreia, faz-me recordar, uma singela história, passada em 1992 (há quase 20 anos). Pois, certo dia, um amigo de uma pessoa bem conhecida no círculo governativo local de Braga, que se lembrou de mim para me convidarem para diretor da Escola Profissional de Braga, comentou com ele: “O Paulo é que teve sorte. Está como diretor da EPB.” Pois obteve a seguinte resposta: “ Sorte? O Paulo trabalha que se farta. Não passa as tardes na Brasileira, de perna cruzada, a ver passar a banda”.   
Você, seu encapuçado, armado em jornalista, em vez de passar as tardes no café, é que deveria investigar ou procurar saber porque motivos é que o Bragadigital está de molho, como o bacalhau, desde que o atual Chefe do Projeto assumiu as funções. Se calhar você nem sabe quem, da Câmara de Braga, é desde 2009 o Chefe deste Projeto. Se não sabe, também não lhe digo. Procure saber e informe os seus leitores, se é que os tem. Você, se fosse jornalista, é que deveria procurar saber porque é que o datacenter do Bragadigital não está a ser aproveitado como poderia ser. Tal como a rede de fibra ótica. E deveria procurar saber porque é que o Portal Braga digital, que custou uma pipa de massa ainda não está operacional. E muitas outras questões relativas ao Bragadigital. Eu já fiz a minha parte. Basta ler as duas crónicas, em anexo, publicadas no “Correio do Minho”. Pronto, já sei, você não gosta deste jornal. Mas deveria lê-lo, inclusive e principalmente as crónicas do Costa Guimarães, cujo nome você, abusivamente, utilizou. Você, se é jornalista, é que deveria procurar saber porque é que os Lotes dos CTT não foram entregues à Bragahabit. Eu quando soube escrevi sobre o assunto e até me solidarizai com o João Nogueira e com o Henrique Moura.
Para concluir e por agora, quero dizer que na pia come você seu porco. E pode ficar descansado que não estou à espera de “ser compensado com prebendas mensais pançudas” (mas que lindo e esotérico texto). E quanto a gratidão (e não só) eu é que sou credor.

Olhe, não se esconda debaixo do capuz do Costa Guimarães porque o homem não merece, por tudo aquilo que tem dado a Braga, à região e ao país. Trabalhe mais um bocadinho e informe convenientemente o público.
Por mim estamos conversados e não lhe dou mais confiança.
Estou ansioso por escrever sobre outras coisas. Ou não posso?

Ah, já me esquecia de o informar, que não tenho nenhum familiar a trabalhar na Câmara de Braga ou em qualquer entidade ligada ao Município de Braga, nem nunca pedi favor algum para este efeito ou para outro qualquer.

Afinal, não me quero dar ao trabalho de anexar as crónicas de 9 de Março de 2010 e de 23 de Março de 2010, publicadas no "Correio do Minho". Faça alguma coisa, procure-as e leias-as, seu ignorante mal informado.


   

domingo, 15 de janeiro de 2012

O ESTADO DA POLÍTICA BRACARENSE

Como referi num comentário à crónica anterior, é agora a vez de tergiversar sobre as movimentações partidárias que, à distância de 2 anos das próximas eleições autárquicas, já aquecem o ambiente político.
Começando pelo PSD, parece que a “casa” já está arrumada, como aliás se previa, apesar de, há algum tempo virem a ser lançados alguns rumores de que Ricardo Rio não seria o candidato deste partido. Ora, hoje de manhã, li nos jornais que Ricardo Rio foi escolhido, por unanimidade, como o candidato do PSD a ocupar o lugar de próximo Presidente do Município de Braga. Portanto, quanto ao PSD pouco mais ou mesmo nada há para especular. Podendo este partido, ou a coligação se esta se mantiver, começar já a preparar o combate eleitoral de 2013.

Já quanto ao PS, as coisas estão muito complicadas como, aliás, já se previa. Pois há uns meses atrás, ouvia-se dizer nos mentideros que havia, à partida, dois candidatos a perfilar-se, Vítor Sousa e Hugo Pires, a defrontar-se nas eleições da comissão política, para emergir um deles como o candidato a Presidente do Município. Nessa altura era deveras engraçado ver, sobretudo as atuais vereadoras a fazerem contas de cabeça e a posicionarem-se, para um ou outro lado, conforme pressentiam quem teria mais hipóteses de vitória. Como se isso lhes adiantasse alguma coisa, dado que o PS não vai concorrer sozinho às autárquicas, seja ele quem for o candidato. Claro que o nome de António Braga também era ventilado. Mas com a maioria dos experts políticos a considerar que ele não estaria interessado porque lhe tinham “roubado” o aparelho partidário e as “tropas” de que dispunha antes.
Nesse tempo, eu seria dos poucos que estava convencido de que o António Braga iria avançar e até o escrevi aqui, numa crónica, antes de ele próprio assumir a candidatura e o anunciar. Isto sem dispor de qualquer tipo de informação privilegiada, até porque já não sou militante do PS há 2 anos, tendo na altura enviado o meu cartão de militante, juntamente com uma carta de 2 páginas, ao então Secretário-Geral do PS, José Sócrates, explicando o que se estava a passar, na minha perspetiva, no PS de Braga. Obviamente que ninguém me respondeu, nem eu estava à espera depois do que escrevi e apenas recebi uma notificação de que estava concluído o meu processo de desfiliação. Mas só isto dava para uma crónica e das grandes. Pois agora estou como diz, repetidamente o Peter Axe, conhecido gestor de uma empresa intermunicipal que detém o monopólio no respetivo ramo de atividade: “ Eu não voto em Partidos mas sim em pessoas”.É cómodo e pode ser rentável. Só que as únicas eleições em que se vota em pessoas e não em Partidos são as presidenciais. Mas a fábula de Peter Axe merece uma crónica exclusiva.

Ora retomando o tema, o António Braga avançou, obtendo logo o apoio de alguns notáveis do PS de Braga, o que deixou muita gente baralhada. Cumpre-me referir que, conhecendo muitos desses notáveis, pessoas que pensam e se preocupam e nunca precisaram da política para sobreviver, considero-os como pessoas sérias e que estão na política por convicção e não por qualquer interesse económico ou para deterem poder.
Foi pois engraçado ver muita gente aflita, que já não sabia o que fazer. Então o partido passava a ter 3 candidatos? Se com dois já era difícil decidir para que lado cair, então com três é que era.
Mas eis que surge, há uns dias atrás, uma coligação uterina no PS, também para surpresa e desencanto de muitos. O atual vereador Hugo Pires resolveu apoiar a candidatura de Vítor Sousa nas eleições para a Comissão Política. O grande motivo apresentado foi o que seria preciso unir o PS de Braga. Então ele está desunido? E se está, quem foram os responsáveis por isso? Quem andou a considerar como persona nom grata muitos militantes, até que eles desistissem de participar? No entanto, para mim esta aliança tem uma simples explicação. Se cada um concorresse sozinho, com o António Braga também na corrida, os votos pulverizavam-se e a vitória do António Braga sairia facilitada. E a questão dos “jobs for the boys” como é que ficaria?

Para concluir esta prosa, mas por agora porque o tema vai dar pano para mangas, faço a seguinte síntese:

·         António Braga lançou o lema – “Abrir o PS de Braga à participação da sociedade civil”. E a muitos militantes do PS, não? Pelos vistos parece que o PS Braga (e não do Braga para não haver confusões) tem andado fechado.
·         Hugo Pires diz que é preciso unir o PS Braga e por isso apoia Vítor Sousa. Quer dizer que o Partido tem estado desunido? Quem terá sido o responsável? Não terá sido o Coordenador da Secção de Braga, que agora vai querer juntar os cacos no seu próprio interesse?
·         Vítor Sousa afirma que tem uma estratégia para Braga. Só que não explica ainda qual é ela. Será que é segredo? Ou só a revela se ganhar?

Para terminar, no que ao PS diz respeito, fica a pergunta – Quais os verdadeiros interesses, de cada um deles, em chegar a Presidente do Município de Braga? Encontrar a resposta será um desafio maior que jogar “Onde está o Wally?”

Quanto ao PSD, estando resolvida, definitivamente, a questão do candidato à Câmara de Braga, Ricardo Rio que por acaso até tem (e exerce) uma profissão e não precisa da política para nada, pode com toda a calma e serenidade preparar a candidatura. Até esperou para ver o que se passava no PS, para ver resolvida a questão no PSD. E não tendo “faturas” (exceto as da Câmara claro, se ganhar) para pagar, pode elaborar um programa e os consequentes planos para Braga, sem ter que hipotecar qualquer dos seus objetivos. Se for este o caminho se ganhar o mérito será todo dele, apesar dos apoios de que irá necessitar. Se perder, a culpa também será toda dele.

Vamos acompanhando para ver e... até à próxima.

sábado, 14 de janeiro de 2012

“OS BRAGAS” DE LUANDA

Devido ao muito trabalho que tenho tido, há muito tempo que não escrevo uma crónica neste espaço. Tenho, no entanto alguns temas em carteira que vou abordar nos próximos tempos.
Não ia ser este que vou relatar, mas a pedido de um grande amigo e sob muita insistência da parte dele, para que fizesse este relato, vou contar-vos um episódio real, ocorrido há uns dias atrás, que me deixou deveras envergonhado.

Conversávamos com um empresário da região centro do país, conhecido de um terceiro amigo nosso que nos apresentou na altura, após um convite para vir tomar café. Este empresário está envolvido em múltiplas áreas de negócio em Angola, desde 1992. Falávamos sobre as oportunidades de negócio naquele país quando, muito naturalmente, um dos meus amigos perguntou se era verdade que ocorria muita falta de cumprimento com os pagamentos, por parte das entidades públicas e privadas angolanas. E perguntou também se era verdade ser muito difícil ou quase impossível realizar transferências de capital de Angola para Portugal.  Eu também tinha curiosidade em saber as respostas a estas questões, porque também tenho ouvido dizer, no “vox populi” ligado a algum empresariado de Braga, que é o que se passa realmente. Mas aguardei calado, esperando a reação.
Como resposta, ele começou por se rir e disse que nunca teve problema algum dessa índole, e que negoceia lá como em Portugal ou em qualquer parte do mundo e que, em tantos anos não tem razão de queixa dos angolanos. Mas que tem, que se queixar sim de alguns portugueses que já lhe “ferraram o cão”.
Contudo, continuando ele, há alguns empresários portugueses que, nos últimos anos, têm lá chegado armados em muito espertos e que começam por oferecer, por exemplo, a construção de uma escola ou de outro tipo de equipamento social, como forma de garantir a adjudicação de grandes empreendimentos e depois estes nunca mais avançam ou são mesmo fictícios. Pensam que compram tudo e todos e depois ficam “a arder”. Diz ele que estavam mal habituados, às facilidades que tinham cá em Portugal, em proceder desta forma. Ou então que se queixam que não conseguem trazer o dinheiro para Portugal para disfarçar ou camuflar a sua colocação noutros lados.
Ora foi neste ponto que, sem nenhum de nós dizer nada, ele diz: “Nós lá, em Luanda, quando falamos de algum caso destes dizemos: Isso foi de certeza alguém dos “bragas”. Como quem diz, que faziam parte do grupo dos “totós”. Ao ser-lhe perguntado quem eram, ele referiu alguns nomes bem, para não dizer sobejamente, conhecidos de Braga.
Imaginem a reação de um dos meus amigos que disse logo: É pá este gajo (que era eu) é de Braga. E gozaram comigo como perdidos. É claro que, mesmo a brincar, não gostei apesar de não ser natural de Braga mas ter vivido a maior parte da minha nesta cidade.
Então foi o resto da conversa a meterem-se comigo, os meus amigos obviamente, porque o nosso interlocutor ainda não tinha confiança para isso e até ficou um bocado embaraçado. Ia lá ele imaginar que estava ali alguém de Braga.

Além da da história aqui contada, tenho que deixar aqui um recado.
Andam para aí uns FP, que se dão pelo nome de Anónimo, a escrever ameaças e baboseiras, pensando que intimidam o autor destas crónicas. Devem ser daqueles que mandam piropos às mulheres, mas escondidos atrás de alguém ou de alguma coisa. Até perante elas são uns frouxos ou sofrem de ejaculação precoce. Eu, se tivesse mais um filho nunca lhe punha o nome de Anónimo Braga ou, Se fosse rapariga, Anónima Braga. Braga até é um nome bonito Paulinho, como o Porche amarelo que o Atlético de Madrid ofereceu ao Futre. Mas Anónimo? E depois, na rua, quando alguém chamasse: Anónimo, é pá tas bom? Haveria logo 50 gajos a virar-se.