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domingo, 27 de novembro de 2011

ESTÓRIAS DE MALFEITORES

Lembram-se da série televisiva do ALF, que teve grande sucesso há uns bons anos atrás? Pois descobri, outro dia, que na RTP Memória, anda a passar de novo esta série que teve grande sucesso. Aliás eu era um dos que não perdia um episódio.
Para quem não se recorda, o ALF era um extra-terrestre que foi acolhido por uma família, integrando-o como se dela fizesse parte, mas que tinha a enorme preocupação de que ele não fosse visto por outras pessoas, para que não o levarem e fazer experiências com ele.
Pois o ALF era muito irrequieto e fazia muitas asneiras, dando imenso trabalho aquela família. Mas ao mesmo tempo era muito afável, bondoso e amigável para com todos os membros da família, que assim lhe perdoavam as diabruras frequentes que ele fazia. O ALF era também extremamente inteligente o que constituía para a “família de acolhimento” um fator de novas aprendizagens e também de diversão.

Ora, na Câmara de Braga “reside” também um ALF C mas que, de comum com o ALF apenas tem a característica de fazer asneiras, diabruras. Este ALF C faz muitas maldades, é intriguista, mentiroso, lambe botas e só sai à rua atrás do chefe para fazer chichi. É mais parecido com um cão, na postura e atitudes, que o verdadeiro ALF.
Mas pior do que tudo é que este ALF C é chefia à distância, do remanso do seu gabinete, uma quadrilha de malfeitores que se dedica a espoliar os parcos dinheiros que algumas IPSS dispõem. Têm um esquema bem montado que consiste no seguinte:
O ALF C, que tem alguma influência nas IPSS, graças às funções que desempenha, incita-as a efetuar candidaturas de projetos a financiar por fundos europeus. Depois indica aos responsáveis da IPSS uma empresa de (des)consultoria, de que é sócio um tal de J.M. BAREBOSA, convencendo a IPSS que, dadas as influências que têm nas entidades que aprovam os projetos, o financiamento estará garantido. Cobram às IPSS os milhares de euros pelo “trabalho” de elaboração dos dossiers e quando os projetos não são aprovados (maior parte deles) assobiam para o lado.
Meus caros, isto é tão grave quanto estão a enganar e explorar IPSS e não empresas ou entidades com capacidade financeira. São entidades que, a maioria delas, sobrevivem com dificuldades e com subvenções do Estado, ou seja, com o nosso dinheiro.
Mas mais grave é que, segundo me contaram, o chefe do ALF C sabe disto e faz “ouvidos de mercador” e fecha os olhos.
Esta quadrilha de ALF C, J.M. BAREBOSA e companhia, tem que ser travada tal como outras quadrilhas que gravitam à volta ou dentro da Câmara de Braga. Também me disseram, recentemente, que o M. P. PARALÁ DAS TAIPAS vai “ensacar “ quase duas centenas de milhares de euros à custa de uma sala de espetáculos de Braga. Mas este assunto, abordarei mais para a frente, quando dispuser de mais pormenores. Disso podem estar certos.


Por isto se diz na gíria – há dinheiro macho, que não dá para nada e dinheiro fêmea que se auto-reproduz.

Bom domingo.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ESTA GENTE NÃO PENSA?

Não há adjectivos para qualificar a decisão que foi tomada, ontem, em reunião do executivo do Município de Braga. Nem queria acreditar que Vítor Sousa e Ricardo Rio tenham emparceirado para, com o apoio do Presidente Mesquita Machado, terem decidido, por unanimidade de todos os vereadores, adquirir o edifício da Fábrica Confiança, por 3.500.000 de euros.
Quando os próximos anos vão ser de grandes dificuldades para a esmagadora maioria da população do país, em que a crise económica e financeira se irá acentuar provocando a agudização das carências das pessoas de baixos rendimentos, em que o desemprego vai aumentar com consequências imprevisíveis ao nível social, ora cá esta – mais um imóvel comprado pela Câmara de Braga.
Não, eles não estão a sofrer de autismo. Sou eu que não estou a ver bem a coisa. Justificam a compra com a “monumentalidade” do edifício. E eu a pensar que iriam reativar o fabrico de sabonetes, criando postos de trabalho e rendimento., contribuindo desta forma para minorar (ainda que pouco) a recessão económica em que já entrámos.
Aos demais ainda se pode conceder uma desculpa, ainda que muito ténue, porque lhes é muito difícil adaptarem-se a uma nova lógica de pensamento e ação, muito distinta daquilo a que sempre pensaram e fizeram. Mas o Ricardo Rio, sendo economista de formação tem obrigação de ter uma perspetiva diferente, quanto às prioridades de intervenção económica e de utilização dos parcos recursos financeiros disponíveis.
Se em todo o país se continuar a comprar, utilizando dinheiros públicos, todos os imóveis que tenham interesse histórico, então é que será bonito. Vamos todos alimentar-nos de tijolo, ferro, madeira e demais componentes dos edifícios.
Quando é que esta gente ganha juízo. E não venham, como sempre, com a segunda justificação de que vão recorrer aos fundos do QREN. Pois eu já disse que o QREN deveria ser reprogramado de forma a deixar de financiar mais obras e este tipo de transações, com exceção das infra-estruturais, absolutamente, imprescindíveis. Mas será que o regabofe é para continuar? Não tarde até as almas do outro mundo se levantam porque, pelos vistos, as que cá andam continuam impávidas e serenas perante estes atropelos.
A esta compra que vai ser feita, porque já está decidido, temos que juntar uma outra feita recentemente – o antigo quartel da G.N.R. Mais uns milhões de euros aos quais há que acrescentar o que se vai gastar em obras. Julgo que não errarei muito se no total resultar num gasto de 10 a 15 milhões de euros. Sim, um gasto porque eu não considero isto como um investimento mas explico porquê. Um investimento é uma aplicação de dinheiro ou capital com a perspetiva de obter rendimento. Ora a mim ninguém me convence que estes gastos de capital conseguirão gerar qualquer mais-valia. Muito pelo contrário, dado que nuns próximos longos anos todos os imóveis vão desvalorizar e então os deste tipo não haverá mesmo ninguém que os adquira. Teremos então mais capital imobilizado em bens não transacionáveis, quer interna quer externamente.
Como é possível que o atual Presidente da Câmara de Braga e dois dos putativos candidatos ao cargo nas próximas eleições pratiquem uma asneira, senão uma maldade destas? Utilizando, claro está, o dinheiro dos contribuintes.
Embora relacionado com este tema, mas desviando um pouco a “agulha”, tenho achado muita piada as novas bandeiras políticas desfraldadas pelo PS e pelo PSD locais. Refiro-me à enunciação da regeneração urbana como prioridade para os próximos tempos. Efetivamente andam muito atrasados no tempo, pensam e caminham ao retardador.
Há cerca de uns 8 anos, produzi um trabalho académico, mas sustentado em bases concretas e dados reais, em que defendi a tese de que a oferta de imóveis habitacionais (e também dos outros tipos) já excedia largamente a procura ou, que quiseram, as necessidades existentes e as emergentes em todo o Concelho de Braga. Este trabalho baseou-se em estatísticas oficiais do INE e está disponível para quem o quiser ler. Apesar de este fenómeno não ocorrer só em Braga mas em todo o país, como aliás está bem à vista, era neste Concelho que em 2003 esta realidade era mais acentuada. Predizia eu, nessa altura, que era altura de parar com novas edificações e optar pela requalificação dos imóveis existentes, sobretudo na zona histórica da cidade e nas freguesias não urbanas. As empresas de construção e de outros ramos, a montante e a jusante, continuariam a garantir atividade e emprego, tendo apenas que corrigir ligeiramente o tipo de trabalho a que estão habituadas e adaptar-se. Contudo, alguma reações que tive, por parte de pessoas com responsabilidade política, foi a de dizerem que “a construção ainda estava a dar muito dinheiro”. Pois agora está bem à vista o que se passa e quem fala agora, com anos de atraso, em regeneração urbana, requalificação e revitalização da cidade e do centro histórico já vem tarde. Agora há escassez de capital para fazer isso e com a agravante do desperdício de dinheiro com estas “compras”, pior ainda.
Podemos até fazer umas contas para não pensarem que estou para aqui a dizer umas palermices.
Se, em média, se gastassem 100.000 € por cada imóvel a requalificar (que é um valor acima do razoável), com 15.000.000 € seria possível recuperar, pelo menos, 150 imóveis na zona histórica. Permitindo suster o processo de desertificação humana          que tem vindo a ocorrer naquela zona e ainda, atrair novos moradores que propiciavam novas dinâmicas económicas e sociais. Se, em média, cada imóvel alojasse 4 pessoas teríamos mais 600 habitantes nesta zona da cidade.
Bom, mas felizmente que há autarcas que já adaptaram a respetiva filosofia de governação e eu conheço alguns e que se preocupam já com as inevitáveis consequências sócias que advêm da situação económica desfavorável. Há poucos dias, em conversa com um Presidente de Câmara, ele dizia-me que a prioridade é agora preparar-se para conseguir ajudar as pessoas e famílias cujas carências, até alimentares, vão aumentar. Poderá, inclusive, vir a ser necessário que se criar Refeitórios Sociais, aproveitando os recursos existentes para o efeito. Afirmando também que obras só o estritamente essencial para manter as infra-estruturas a funcionar.

Só espero vir a não ter razão.

Bom fim de semana.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

ONDE É QUE ISTO VAI PARAR? E QUANDO?

Antes de entrar propriamente na crónica de hoje, cumpre-me anotar que, tal como eu disse que não queria acreditar, a Administração do “Correio do Minho” não retirou, efetivamente as minhas crónicas por pressão de alguém. De facto foi mera coincidência entre timings e retiraram também outros cronistas inativos. Fica o reparo e as minhas desculpas.

Mas a prosa de hoje, assenta no que se passou 2ª feira passada, no programa do canal TVI 24 moderado por Judite de Sousa, com a participação de Medina Carreira e Paulo Morais, ex. Vice-presidente da Câmara do Porto, em que o tema abordado foi a “CORRUPÇÃO”.
Há muito tempo que venho acompanhando as posições que têm sido assumidas publicamente, por Paulo Morais, de forma clara e corajosa, relativamente ao fenómeno da corrupção. Ele tem investigado e detetado imensas situações que configuram, de forma clara, casos de corrupção.
Também Medina Carreira, tem andado, desde há muito tempo, numa cruzada contra a corrupção.
Embora o fenómeno da corrupção seja transversal a todos os setores de atividade, como foi salientado por Paulo Morais, que na Câmara do Porto foi responsável por pelouros do âmbito social e de obras e corroborado por Medina Carreira, é no setor da construção civil, obras públicas e imobiliário, em geral, que a corrupção é mais frequente, acentuada  e de maior dimensão em termos de valores envolvidos.
Mas isto já nós, há muito tempo, no vox populi   sabemos. Só que, com a atual conjuntura económica e social começam a emergir mais situações, muitas delas escandalosas, divulgadas publicamente, por cada vez mais pessoas, dando uma noção mais clara da dimensão do fenómeno da corrupção e dos valores globais envolvidos.

O Professor Paulo Morais foi extremamente elucidativo ao explicar como se processam as situações de corrupção, sobretudo aquelas que envolvem empresas de construção, autarquias e a própria administração central. Ele sublinhou que,  de há muitos anos para cá, é frequente as médias e grandes obras custarem e, 5 e até 10 vezes mais que o inicialmente previsto, sendo que a regra é esta e as exceções muito poucas.
 O Professor Medina Carreira, num registo a que já nos habituou, apoiou e reforçou ainda  o que Paulo Morais tão bem transmitiu com clareza e limpidez.  E contou dois episódios que se passaram com ele que, pelo menos a mim e julgo que a todos o que ouviram, me deixaram completamente atónito a assarapantado. Relatou ele que, há uns anos atrás, um camarada dele do Partido Socialista lhe garantiu que 85 % dos fundos recolhidos para as campanhas eleitorais não chegavam ao Partido, ou seja, ficavam pelo caminho. Mas que mais tarde, um deputado do PSD, coincidência das coincidências, lhe disse no meio de uma conversa que neste Partido 85 % dos donativos recebidos não chegavam ao Partido, ficando pelo caminho. Isto sem  que o Professor Medina Carreira lhe tenha falado do que lhe tinham contado relativamente ao PS. Ou seja, a ser verdade, a percentagem de desvios é a mesma nos dois maiores Partidos.
Digo-vos, toda a sinceridade, que nunca me passaria pela cabeça que isto acontecesse. E que ainda me custa a crer que assim seja.
Ora torna-se cada vez mais evidente porque é que o país chegou à situação atual. Corrupção em cima e atrás de corrupção, com muitos milhares de milhões de euros a "voar" para paraísos fiscais e a sair do circuito económico, empobrecendo o país.
Também estou completamente de acordo com ambos, quando defendem que está na hora dos Presidente da República deixar-se de mera retórica e passar aos atos, nem que para isso  resvale dos poderes que lhe estão cometidos pela Constituição da República. Porque se, em quase tudo, Portugal é já uma "República das Bananas", em que o regime democrático é usado para proveito de alguns em prejuízo da maioria, o Presidente mas também o Governo, os líderes partidários e os Tribunais têm que, em uníssono, intervir ativamente para parar com o processo de degradação económica e social em que estamos atolados.
Apesar de em algumas coisas não concordar com Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados, que tem substancialmente razão em praticamente tudo, sendo acusado por alguns de não ter razão sobretudo na forma, é de enaltecer o combate que ele tem travado para que a justiça  seja mais célere e deixe de contribuir para a impunidade, muitas vezes resultante de incidentes processuais, permitidos por lei. Como também disse Paulo Morais, no debate atrás referido, as leis que regem as operações imobiliárias e de construção, são tão confusas e carregadas de lacunas e omissões, que tudo é possível fazer e enquadrado legalmente.
Também Maria José Morgado tem vindo, há muito tempo, a alertar e denunciar o fenómeno da corrupção, explicando muito bem como ocorrem as situações e como é difícil provar os crimes associados.
É pois mais do que tempo de o mais alto magistrado da nação, o Presidente da República, dar o exemplo e agir. Começando até por ser mais peremtório e direto  ao abordar o tema da corrupção nos seus discursos. É que o Professor Cavaco Silva continua a abordar esta questão de forma muito abstrata  e paternalista, com medo de ofender alguém.
Para concluir, já diz o ditado que "quem não deve não teme". Por isso quando há suspeitas de enriquecimento ilícito,  deverá ser o detentor da riqueza  a provar que assim não foi. Só assim será possível suster o enriquecimento de alguns à custa de todos os outros e dos dinheiros públicos. E como referiu Paulo Morais, deverá ir-se ao ponto de obrigar a devolver ao Estado aquilo que foi apropriado de forma ilegítima e ilegal.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

AFINAL AINDA HÁ CENSURA...EM BRAGA

Cada dia que passa é um campo fértil para surpresas. Ou nem tanto. Pelo menos no que respeita à sua dimensão ou intensidade.
Pois ontem à noite, dei por mim a assistir atentamente, no canal TVI 24, a um programa moderado por Judite de Sousa, com a participação de Medina Carreira e Paulo Morais, abordando o tema "Corrupção".
Confesso que ainda estou  assarapantado com muito daquilo que ouvi.
Mas isso vou deixar para crónica seguinte que esta é para abordar outro assunto.

Ora há cerca de 2 anos fui convidado, pela Administração do jornal "Correio do Minho", a escrever quinzenalmente uma crónica, publicada às 3ªs feiras. Redigi, se a memória não me falha, 33 crónicas, mas posso confirmá-lo porque as tenho todas guardadas, além de outras pessoas e amigos.
Como cronista que era do "Correio do Minho", constava a minha foto associada a todos os textos publicados, na secção destinada a todos os cronistas no sítio eletrónico do jornal :  http://www.correiodominho.com/cronicas.php?cronistas=true 

Há 2 ou 3 dias atrás este sítio da internet ainda mantinha "armazenadas" as minhas crónicas associadas à minha foto, tal como as dos outroa cronistas.
Hoje, ao consultar o sítio, descobri que foram retiradas. É caso para dizer: não acredito em coincidências mas que as há, há. Já sei que o Armindo Veloso vai dizer que como já não sou cronista, não se justificava manter lá as crónicas. Mas então porque é que não o fizeram logo em Junho e esperaram tantos meses para isso ?
Não quero acreditar, caro Armindo, que o Double M e sus muchachos te tenham obrigado a isto, depois de este blog começar a aparecer. Porque se assim foi, temos a confirmação das suspeitas de que há censura em Braga, no "Correio do Minho". Se assim foi e eu acho que é apenas coincidência, seria resultado de uma das birrinhas habituais que, até me dão vontade de rir. Faz-me lembrar um episódio passado há uns anos atrás, quando alguém foi fazer queixinhas de que uma empresa, a quem foi entregue um trabalho até de pouco valor, era de Barcelos. Porque se devia dar preferência a uma ( talvez certa)empresa de Braga. Só que a empresa era de Braga, apesar de pouco conhecida mas o bufo (teria sido o ALF C ?) estava mal informado e consequentemente informou mal o chefe. E não é que este teimava e teimava em que a empresa era de Barcelos, não querendo sequer ler, a morada da sede social que lhe foi colocada à frente do nariz.
 Já agora, ficam a saber que não sou cronista de outros jornais porque não tenho muito tempo para isso e também porque não estou para me sujeitar a qualquer tipo de pressão (a que muita gente tem medo de chamar censura).

Obviamente que esta questão da censura e dos seus motivos entronca no tema que irei abordar numa próxima crónica.

E não pensem que fiquei chateado com o que o "Correio do Minho" fez. Pelo contrário, a previsibilade do ato é tão certa que até me divirto com isto. 

sábado, 19 de novembro de 2011

UM PESO E VÁRIAS MEDIDAS

Acabei de sair do Pavilhão de Tibães, após assistir a um empolgante jogo de futsal entre a EPB – Futsal e o Chaves, da 2ª divisão nacional. Num jogo extremamente renhido, a EPB conseguiu ganhar por 4-3, somando a 5ª vitória em 7 jogos e posicionando-se nos lugares cimeiros da classificação. A EPB – Futsal subiu, em dois consecutivos, da Distrital para a 2ª divisão nacional e tem levado o nome de Braga pelo país fora e em muitos sítios da internet e na comunicação social. A EPB – Futsal tem ainda uma equipa de juniores que, como é evidente, tratando-se de camadas jovens, desempenha uma função social tão necessária para os nossos jovens.
É pois lamentável que, a Câmara Municipal de Braga, nunca tenha dado qualquer apoio a esta equipa, como dá a outras. Porque será? Por não ter jogos no estrangeiro para que a Sra. Futura Ex-Vereadora da Educação e Desporto possa acompanhar. Como o faz com o S.C. Braga e ABC (este menos)? Porque é que outras equipas, sobretudo o S.C. Braga, inclusive o futsal tem apoios da Câmara ou de Juntas de Freguesia e outras não, como acontece com a EPB – Futsal ?
Pois se não fosse o apoio que os atuais proprietários da EPB dão, suportando despesas com inscrições de jogadores, pagamento de pavilhões para treinar e jogar, pagamento à GNR do policiamento dos jogos, pagamento os árbitros, deslocações e outras, a EPB – Futsal acabavam.
Pronto está bem, eu sei que para o Sr. Presidente da Câmara só devia existir o S. C. Braga e o ABC (este agora menos), clubes com os quais eu também simpatizo. Não esquecendo também o H.C. Braga, que também vai usufruindo de alguns apoios, conforme eu já vi anunciado na comunicação social.
Pois Sr. Presidente e Sra. Futura Ex-Vereadora, prescindam de algumas viagens ao estrangeiro, e do catering (ou será karting como disse o outro ?) na Tribuna que têm custos e redistribuam o dinheiro que assim seria poupado, em prol do desporto amador. Um bocadinho do dinheiro que é gasto com o S. C. Braga – muitos gostariam de saber quanto é, daria para apoiar, até em espécie, com a cedência de algumas horas em pavilhões para treinos e jogos, a EPB – Futsal e mais algumas equipas de várias modalidades. Não se esqueçam que o dinheiro não é vosso, mas sim dos contribuintes e eleitores que vos elegeram. Mas fizeram-no para que gastassem bem e não discricionariamente.
Já agora Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Tibães agradecendo, como apenas mero adepto que sou, a colaboração que tem dado à EPB – Futsal, também Mire de Tibães passou a ser mais visitada e conhecida por quem, de outras zonas do país, vem ver os jogos. Porque não “adotar”  a EPB – Futsal como equipa da Freguesia ? Dando mais um pouco de apoio, pelo menos com o Pavilhão. Até já há bastantes habitantes de Tibães a ir aos jogos.
Olhe que há outros Presidentes de Junta, que o Senhor bem conhece, que apoiam equipas que até jogam em divisões inferiores o que aliás até acho bem.

A EPB – ESCOLA PROFISSIONAL DE BRAGA ESTÁ BEM ENTREGUE

O melhor que podia ter acontecido à Escola Profissional de Braga foi ter sido adquirida à Câmara Municipal de Braga por quem foi.
Digam o que disserem, dadas as dificuldades que a EPB vinha tendo, nomeadamente quanto à situação económica e ao financiamento, conjugado com a orfandade a que sempre foi votada pelo Município de Braga, só pessoas que percebem do “negócio” e que, simultaneamente, estão bem-intencionadas quanto ao futuro da Escola, é que poderiam manter o projecto sustentável e duradouro.
A Câmara Municipal de Braga e particularmente o seu máximo representante, nunca deu importância alguma à EPB. Excetuando quando, em certas cerimónias públicas (muito poucas) dizia sempre que era o “pai” da EPB. Mas foi sempre um “pai” ausente e que nem sequer provia qualquer “pensão de alimentos para a filha”. Em quase 22 anos de existência, a Câmara Municipal de Braga não deu qualquer contributo financeiro para a EPB. Não suportou nenhum prejuízo em que a EPB incorreu apesar de, legalmente, a partir de certa altura a isso estar obrigada. É incrível mas é verdade que, a EPB nem sequer era enteada da Câmara de Braga. Apesar de desempenhar uma função social, de largo espetro, qualificando jovens e adultos (muitos milhares ao longo dos anos), garantindo emprego a muitos professores, formadores e pessoal não docente e oferendo ao tecido empresarial trabalhadores e técnicos qualificados de que a região e país tanto carecem.
Pensam vocês: mas a Câmara de Braga não tinha dinheiro para ajudar a EPB, mesmo sendo esta sua propriedade. Pois é mas havia e há dinheiro para outras coisas, com muito menos justificação. E, embora mais aceitável do que gastar em obras supérfluas, a Câmara de Braga transfere, todos os anos, 1.000.000 € para o Teatro Circo. Quando para a EPB seria necessário um montante incomensuravelmente menor.
Mas ainda bem que a Câmara de Braga se retirou da EPB. Pois eu aposto que daqui por pouco tempo a EPB vai ser uma escola muito mais saudável económica e financeiramente e bem sucedida na missão que lhe compete. Dada a minha ligação sentimental a esta Escola, torço por isso.
Mas esqueci-me de uma coisa e “a César o que é de César”. Efetivamente, o Sr. Eng. Mesquita Machado, quando foi para a construção do edifício para a EPB, não objetou e até pelo contrário, a que o erário público distendesse cerca de 1.600.000 € para a obra. Isto apesar do financiamento do PRODEP ser suficiente para construir um edifício com a mesma capacidade.
Pois é, mais um caso em que betão é betão e não há que abrir a mão.

A EPNAZARÉ AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

A ligação à internet pregou-me uma partida. Mas dizia eu que tenho a certeza que as crianças e jovens vão ficar satisfeitas com o almoço, bem com a organização do evento de patinagem a decorrer na Nazaré.
Já conheço sufientemente bem os alunos e os professores para ter confiança em que vai correr tudo pelo melhor.
Estas iniciativas são como "mel" para a aprendizagem dos alunos da EPNazaré. Pois enriquecem as suas competências e curriculum com esta formação em contexto real de trabalho. O que lhes proporciona melhores possibilidades de, quando acabaram a formação, encontrar uma colocação profisional mais facilmente e de melhor qualidade.
Bom trabalho a todos vós e parabéns antecipados pelo sucesso que vão ter concerteza.

A EPNAZARÉ AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

Hoje mesmo, os alunos e professores da Escola Profissional da Nazaré, vão confecionar e servir o almoço a 80 crianças e jovens que participam num certame de patinagem, nesta localidade.
Pelo empenho e profissionalismo dos formadores que estão a supervionar e acompanhar e tembém dos alunos que vão "tranbalhar", tenho a certeza

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

TAMBÉM HÁ "ONDAS" BOAS

Conforme referi na crónica anterior, vou por agora, mudar de registo. Isto apesar das solicitações que me têm chegado para falar do Theatro Circo, da AGERE, da Bragahabit, do Bragadigital e mais.
Mas não, vou falar sobre um projeto iniciado recentemente, ainda "criança", mas com perspetivas de vir a ser "adulto" cumprindo todos os requisitos para tal e contribuir para o desenvolvimento económico e social, de uma região - e naturalmente também do país.
É um projeto assente numa parceria saudável e proveitosa, constituída entre uma entidade pública e uma empresa privada, em que cada parte cumpre com aquilo a que se compromete, sem quaisquer truques e jogadas desleais.
Por isso tenho que felicitar o Município da Nazaré, na pessoa do seu Presisente, pela visão que teve e pelo empenho que o Município tem colocado neste projeto, privilegiando as pessoas e a satisfaçao das suas necessidades, mas na prática e não apenas na oratória. Infelizmente, ainda há alguns que fazem o contrário, apesar de dezerem que são "pais" de certos projetos mas que os abandonam, sabe-se lá bem porquê.
O que é um facto é que a Nazaré está a atravessar uma boa "onda" (não sei se viram a onda gigante surfada pelo Macnamara) e eu tenho o privilégio de a estar a acompanhar.
Numa altura de tantas dificuldades para os portugueses, todas as boas "ondas", gigantes ou mais pequenas, contribuirão para atenuar os problemas que estão a atormentar a maioria dos cidadãos.

Por agora deixo-vos com uma notícia, hoje mesmo publicada no jornal "Região de Cister", semanário da região.

A aguns amigos vou enviar por e-mail.

E a quem fizer comichão, só lhe resta coçar.

Ah, já me esquecia, o "compra tudo" de Braga, escusa de dizer que vai comprar, como fez noutros casos, que nós não vendemos.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O SEU A SEU DONO - CAPÍTULO 2

Depois de mais um intenso mas profícuo dia de trabalho, como sou fraco jogador de sueca e gosto mais de desportos com bola, vou escrever o resto da história, que iniciei ontem.
Pois é, sem saberem que, na minha passagem pela BRAGAHABIT, a questão dos lotes e em particular a do "Lote dos CTT" em que eu estive de certa forma e passivamente, envolvido relataram-me o seguinte:
- Sabías que o Lote/Terreno foi vendido por 3.000.000 € (600.000 contos) ao "espanhol" antes de ser comprado por 1.500.000 € (300.000 contos) à Câmara de Braga ?
Reagi eu:
- Não é possível ! Quem é que conseguía isso ?
Resposta:
- He Pá, o "figurão" do costume. Agora não sei se foi sózinho ou se foi como "testa de ferro" e depois repartiu com outros. É aquele que aparece muitas vezes como mecenas e benemérito mas que "só dá uma chouriça a quem lhe der uma vara de porcos". É como dizia aquele gajo: "eu com as calças do meu pai pareço um homem". Negócios destes são fáceis.
Disse eu:
- Talvez tenha acontecido isso, mas custa-me a acreditar. Então a Câmara de Braga tem tantas preocupações sociais, com as pessoas e famílias carenciadas e ía desperdiçar um montante destes. Olhem, de mal o menos, nem que o dinheiro fosse usado para acabar o Pavilhão ou a piscina olímpica, cujas obras estão paradas.

Bom, depois desta conversa, garanto-vos que fiquei mesmo com pena do João Nogueira, Presidente da BRAGAHABIT. Então ele com tantas solicitações, pressões e pedidos de casa e com poucos recursos para poder satisfazer tantas "necessidades".
Mas é a vida, e nem sempre cada um tem o que merece mas sim o que lhe querem dar.

E sobre a falência da MECAMIL, aqui há uns anos ? Querem conhecer mais uma história interessante passada na magnífica BRACARA AUGUSTA ?

Não, não estejam à espera, para já, de relatos sobre o BRAGADIGITAL. Lá mais para a frente. E até poderei recomeçar por um dos projetos, de execução bem sucedida, de forma autónoma, por uma empresa bem conhecida gerida por um PM também sobejamente conhecido.

Mas tenham calma, que nas próximas crónicas vou falar-vos de iniciativas e projetos com perspetivas de sucesso, assentes em parcerias lideradas por pessoas que colocam as pessoas à frente dos tijolos e cimento. E da areia também.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O SEU A SEU DONO

Já ando há uns tempos para abordar um assunto que pode configurar mais um número de circo na milenária e majestosa Bracara Augusta.
Como hoje tive um dia de trabalho intenso, vou apenas iniciar esta história ou, digamos, escrevinherei o primeiro capítulo.
Ora, tendo eu sido convidado, em finais de agosto de 1999, para asumir o cargo de administrador executivo da BRAGAHAHIT, empresa municipal criada nessa data, para gerir todo o património habitacional e a ação social até aí a cargo da Câmara Municipal de Braga, como a empresa não dispunha de recursos para sustentar a sua atividade e para expandir os apoios que lhe competiriam, em determinada altura foi-me dito que o denominado "Lote dos CTT" seria transferido para a empresa municipal, para reforço dos seus capitais e autonomia financeira e aumento da sua capacidade de intervenção.
Há data, o referido lote, que seria transferido para a titularidade da Câmara de Braga como compensação que lhe era devida, estava avaliado em 300.000 contos (1.500.000 €).
Pois até eu sair da BRAGAHABIT, em outubro de 2005, o "Lote dos CTT", não "chegou" à empresa. Assim como aconteceu com mais uns lotes, que também seriam destinados à empresa, chamados de "Lotes das Andorinhas".
Ora, assim sendo, é compreensível que os administradores que me sucederam continuassem com dificuldades em proporcionar mais e melhores apoios a famílias e pessoas carenciadas. Isto apesar de as indemnizações compensatórias terem passado a ser atualizadas, anualmente,após 2005 (até aí não eram).
Contudo, até determinada altura, já depois de ter saído, pensei que esses lotes acabariam por ser transferidos para a BRAGAHABIT, condescendendo com a habitual morosidade destas situações.
Até que, surpreendemente ou não, vimos nascer e crescer, no "Lote dos CTT", o atual denominado "Street Fashion", paredes meias com o Theatro Circo.
E perguntamos nós: que reviravolta é que a coisa deu ?
Pois contaram-me, recentemente, sem saberem que aquele Lote estava, apalavradamente, destinado à BRAGAHABIT, um final de história, que a ser verdade, explica mais uma situação em que bens públicos são usados para proveitos vultuosos de privados.

O tal final de história, será contado no próximo capítulo.

Entretanto, deixo a minha solidariedade ao João Nogueira, ao Henrique Moura e à Palmira Maciel, atuais administradores da BRAGAHABIT.

sábado, 12 de novembro de 2011

O VERDADEIRO CALOTEIRO

Fiquei extremamente satisfeito ao constatar, através da notícia publicada hoje, no "Diário do Minho", na página 8, que as " Grandes Câmaras da região pagam obras a "tempo e horas". Mais satisfeito fiquei, enquanto munícipe e eleitor de Braga, ao ver que a Câmara de Braga está nos primeiros lugares do ranking, quiça mesmo no primeiro lugar. Pois paga as obras a menos de 90 dias. Como,em geral, os valores respeitantes a obras, são elevados isto confere um elevado grau de cumprimento dos compromissos assumidos por quem gere os destinos da Câmara e aplica os dinheiros públicos que tem à sua disposição para gastar.
Mas será que faz o mesmo com valores a pagar mais baixos ? Será que o procedimento é o mesmo para todos os credores ? Ou já agora para quase todos ou para alguns não ?
Pois eu respondo: não é assim para todos. Mas porque será ?
Antes de vos mostrar que quem assina os cheques ou as ordens de transferência para pagamentos da Câmara de Braga, não cumpre, de igual modo, o dever de pagar, deixo-vos a definição de caloteiro, constante num dicionário que, para mim, melhor retrata essa "qualidade": Caloteiro é um agente do calote que é "uma dívida não paga e contraída por quem não tem a intenção de pagá-la".
Ora parece-me que é o que se passa na situação que vou retratar.
Há precisamente 628 dias, foi apresentada ao Sr. Presidente uma nota de honorários relativa ao trabalho de perito, efectuado desde finais de 2008, no âmbito de uma acção em Tribunal Arbitral em que a Câmara era a requerida, envolvendo o pedido de cerca de 2.500.000 € pela autora, que a terem que ser pagos, configuravam mais uma sobrecarga para o erário público. Este processo obrigou a imenso trabalho sendo que o executante desempenhou, cumulativamente, a função de árbitro no colectivo do Tribunal Arbitral para o qual foi indicado pela Câmara de Braga, trabalhando à noite, domingos e feriados , em função do andamento do processo. Os litigantes acabaram por chegar a acordo não tendo a Câmara ( ou melhor os contribuintes) que suportar tamanho prejuízo.
Pois bem, o montante dos honorários a pagar a quem foi pedido que fizesse o trabalho, corresponde a 0,7 % valor da acção ou, se quiserem a cerca de 3 prendas de casamento que é "normal" algumas pessoas receberem. E o valor destes honorários é exatamente igual ao valor que está tabelado pelo Tribunal Arbitral para remunerar os juízes-árbitros.
Várias cartas foram já enviadas a solicitar o pagamento sem qualquer resultado. É pois lamentável e desnecesário ter que se recorrer à via judicial, quando os Tribunais têm tanto que fazer. Mas se for necessário assim será.
O que é pena é este trabalho não ter sido incluído numa candidatura ao QREN, porque aí sim seria pago para aproveitar os fundos daí provenientes. Só que não deu tempo para fazer a candidatura, porque quando a autora da ação apresentou a petição a contestação tinha que ser feita num prazo muito curto.
Resta a consolação de estar a contribuir para a "poupança corrente" da Câmara de Braga (que eu e muitos ainda não percebemos o que verdadeiramente significa)que se for multiplicada por um fator elevado dará para construir mais uma obra "faraónica", que propicie aos seus autores mais um prémio internacional. Ou mais obras não tão grandes mas que prossigam com o investimento improdutivo em betão, porque o país é disso que precisa. Mas se não for para isto que seja para comparticipar, ainda que modestamente, nas despesas de manutenção e funcionamento (olhe que são despesas correntes) da magnífica obra de arte que é o novo estádio municipal.Mas que está e estará a ser pago por nós todos, contribuinte, e não por quem tomou a decisão de o construir.
Só espero que esta prosa cause "rubor das faces causado pelo pejo", signicado de vergonha constante em dicionário, ao decisor da construção do estádio e outras obras mais.