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domingo, 4 de dezembro de 2011

A FÁBRICA DA (DES)CONFIANÇA

O assunto continua na ordem do dia. Agora a Coligação Juntos por Braga anunciou, na comunicação social que, até ao dia 16 de Dezembro, os cidadãos poderão “apresentar sugestões quanto a possíveis utilizações do espaço da Fábrica da (Des)Confiança”. Aliás, segundo o texto do Diário do Minho, o “vereador do PSD desafia desde já os cidadãos a usarem o blog…”.
Mas o que é isto? Desafiar é para um jogo de matraquilhos ou de bilhar, quando muito de sueca. Agora, compra-se ou está em vias de se comprar um espaço, por uma bagatela de 3.550.000 €, sem se saber o que fazer dele e desafia-se os cidadãos a encontrar uma solução para esta asneirada. Depois, porventura, ainda virão dizer que os cidadãos é que são culpados porque não deram sugestões. Aqui há marosca e da grande! Por isso eu retiro o parêntesis do título e passo a chamar-lhe o espaço da “Desconfiança”.
Pois eu também lanço um desafio, à Assembleia Municipal de Braga e ao Tribunal de Contas. Não aprovem esta compra perfeitamente absurda no contexto de crise em que vamos entrar, porque a atual ainda não é nada.
A acrescentar a isto, o pessoal não tem assim tantas ideias que cheguem para o Edifício da CP, para o Quartel da GNR e agora, mais ideias para o “Espaço da Desconfiança”. Ainda por cima todas as ideias, que ocorram, vão custar muito dinheiro. E quem vai pagar? O contribuinte como de costume.
Mas eu estou para aqui a falar e para evitar que me digam que não apresento ideias, a minha primeira sugestão é muito simples e contém também um desafio: o Município de Braga, se já comprou, que venda o “Espaço da Desconfiança” pelo mesmo valor que pagou, de 3.550.000 €, se for capaz. Deverá ser fácil encontrar muitos interessados, porque o espaço até está bem avaliado por peritos na matéria. Se não comprou ainda, para não defraudar as expetativas dos vendedores, que arranje compradores por aquele valor. Se forem capazes ofereço um Bolo-Rei.
É que a minha casa também está avaliada, por peritos, em 200.000 €, só que ninguém me dá este valor por ela. Será que a Câmara de Braga estará interessada em comprar-ma? Eu ainda ponderarei um desconto.
Se não conseguirem concretizar esta sugestão e se a Assembleia Municipal ou o Tribunal de Contas não inviabilizarem a compra, dou ainda outra sugestão que poderá rentabilizar o espaço. Acolham a coleção Berardo, que anda em discussão com o Estado, e cobrem um valor bem alto pelo serviço que lhe vão prestar. Assim aufeririam de receitas, criariam emprego e traziam mais turistas a Braga, para ver a coleção. Mas eu estou a falar a sério, até porque a exposição Berardo pode compartilhar o espaço com outras coleções.
Por exemplo, uma coleção dos muitos “cromos” que nos têm governado e dos que nos querem governar.

De que estou convencido é que este negócio da “(Des) Confiança” cheira a esturro.

Não vos parece?

sábado, 3 de dezembro de 2011

É BOM RECORDAR

http://www.youtube.com/watch?v=5wSKMtJU68c

É que ainda há muitos negócios de "Confiança", quase todos supostamente "a bem da nação".

É PRECISO TER LATA

Caro Ricardo Rio, custa-me a crer que seja verdade o que vem noticiado no Diário do Minho de dia 1 de Dezembro, na página 9 e que é descrito também num e-mail que me enviaram há dias.
Então, propõe-se um negócio que envolve dinheiro público (e não é pouco), conduzem-se as negociações “com vista à aquisição da “Confiança” (cito o Diário do Minho) e depois vem dizer-se que há aspetos do negócio que se desconhecem.
Isto é o que eu chamo de “desculpa de mau comprador”. Também porque não é preciso ser bom a comprar aquilo que são outros a pagar.
Como certamente melhor economista do que eu, sabe que um bem vale aquilo que alguém está disposto a pagar por ele. Então no estado atual do ramo imobiliário, pode recorrer-se aos melhores avaliadores do mundo (neste caso, peritos da Câmara Municipal de Braga e proprietários do imóvel) mas se não houver quem esteja disposto a pagar o valor que eles consideram como justo, ou seja o valor de mercado – isto é como a história dos “mercados” financeiros, em que porventura era justo emprestarem-nos dinheiro mais barato (taxa de juro inferior) mas não emprestam, nada feito. Não há “negócio” por aquele valor.
Aliás, mantenho a posição que já exprimi. No atual contexto económico e social, é totalmente injustificado que a Câmara de Braga adquira este imóvel, ou qualquer outro, nem que seja por 500.000 €. A não ser que haja outros interesses cuja razão a própria razão desconheça, ou seja, ocultos.
Pois é meu caro Ricardo Rio, como me lembrava um amigo meu um estes dias, os grandes disparates cometidos pelo Município de Braga, na área das grandes despesas em projetos imobiliários,  tiveram o teu apoio ou no máximo a abstenção.
Por isso eu digo que é preciso ter lata para vir justificar, da forma em que o foi, este “negócio da Confiança”. Da “Confiança” no futuro não é certamente. Então será da “Confiança” em quê ou com quem?
Teria sido preferível, uma outra justificação, deveras mais elaborada para nos convencer, do que a resposta trapalhona que foi dada à comunicação social.

Ainda por cima vinda de um economista com créditos firmados.

domingo, 27 de novembro de 2011

ESTÓRIAS DE MALFEITORES

Lembram-se da série televisiva do ALF, que teve grande sucesso há uns bons anos atrás? Pois descobri, outro dia, que na RTP Memória, anda a passar de novo esta série que teve grande sucesso. Aliás eu era um dos que não perdia um episódio.
Para quem não se recorda, o ALF era um extra-terrestre que foi acolhido por uma família, integrando-o como se dela fizesse parte, mas que tinha a enorme preocupação de que ele não fosse visto por outras pessoas, para que não o levarem e fazer experiências com ele.
Pois o ALF era muito irrequieto e fazia muitas asneiras, dando imenso trabalho aquela família. Mas ao mesmo tempo era muito afável, bondoso e amigável para com todos os membros da família, que assim lhe perdoavam as diabruras frequentes que ele fazia. O ALF era também extremamente inteligente o que constituía para a “família de acolhimento” um fator de novas aprendizagens e também de diversão.

Ora, na Câmara de Braga “reside” também um ALF C mas que, de comum com o ALF apenas tem a característica de fazer asneiras, diabruras. Este ALF C faz muitas maldades, é intriguista, mentiroso, lambe botas e só sai à rua atrás do chefe para fazer chichi. É mais parecido com um cão, na postura e atitudes, que o verdadeiro ALF.
Mas pior do que tudo é que este ALF C é chefia à distância, do remanso do seu gabinete, uma quadrilha de malfeitores que se dedica a espoliar os parcos dinheiros que algumas IPSS dispõem. Têm um esquema bem montado que consiste no seguinte:
O ALF C, que tem alguma influência nas IPSS, graças às funções que desempenha, incita-as a efetuar candidaturas de projetos a financiar por fundos europeus. Depois indica aos responsáveis da IPSS uma empresa de (des)consultoria, de que é sócio um tal de J.M. BAREBOSA, convencendo a IPSS que, dadas as influências que têm nas entidades que aprovam os projetos, o financiamento estará garantido. Cobram às IPSS os milhares de euros pelo “trabalho” de elaboração dos dossiers e quando os projetos não são aprovados (maior parte deles) assobiam para o lado.
Meus caros, isto é tão grave quanto estão a enganar e explorar IPSS e não empresas ou entidades com capacidade financeira. São entidades que, a maioria delas, sobrevivem com dificuldades e com subvenções do Estado, ou seja, com o nosso dinheiro.
Mas mais grave é que, segundo me contaram, o chefe do ALF C sabe disto e faz “ouvidos de mercador” e fecha os olhos.
Esta quadrilha de ALF C, J.M. BAREBOSA e companhia, tem que ser travada tal como outras quadrilhas que gravitam à volta ou dentro da Câmara de Braga. Também me disseram, recentemente, que o M. P. PARALÁ DAS TAIPAS vai “ensacar “ quase duas centenas de milhares de euros à custa de uma sala de espetáculos de Braga. Mas este assunto, abordarei mais para a frente, quando dispuser de mais pormenores. Disso podem estar certos.


Por isto se diz na gíria – há dinheiro macho, que não dá para nada e dinheiro fêmea que se auto-reproduz.

Bom domingo.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ESTA GENTE NÃO PENSA?

Não há adjectivos para qualificar a decisão que foi tomada, ontem, em reunião do executivo do Município de Braga. Nem queria acreditar que Vítor Sousa e Ricardo Rio tenham emparceirado para, com o apoio do Presidente Mesquita Machado, terem decidido, por unanimidade de todos os vereadores, adquirir o edifício da Fábrica Confiança, por 3.500.000 de euros.
Quando os próximos anos vão ser de grandes dificuldades para a esmagadora maioria da população do país, em que a crise económica e financeira se irá acentuar provocando a agudização das carências das pessoas de baixos rendimentos, em que o desemprego vai aumentar com consequências imprevisíveis ao nível social, ora cá esta – mais um imóvel comprado pela Câmara de Braga.
Não, eles não estão a sofrer de autismo. Sou eu que não estou a ver bem a coisa. Justificam a compra com a “monumentalidade” do edifício. E eu a pensar que iriam reativar o fabrico de sabonetes, criando postos de trabalho e rendimento., contribuindo desta forma para minorar (ainda que pouco) a recessão económica em que já entrámos.
Aos demais ainda se pode conceder uma desculpa, ainda que muito ténue, porque lhes é muito difícil adaptarem-se a uma nova lógica de pensamento e ação, muito distinta daquilo a que sempre pensaram e fizeram. Mas o Ricardo Rio, sendo economista de formação tem obrigação de ter uma perspetiva diferente, quanto às prioridades de intervenção económica e de utilização dos parcos recursos financeiros disponíveis.
Se em todo o país se continuar a comprar, utilizando dinheiros públicos, todos os imóveis que tenham interesse histórico, então é que será bonito. Vamos todos alimentar-nos de tijolo, ferro, madeira e demais componentes dos edifícios.
Quando é que esta gente ganha juízo. E não venham, como sempre, com a segunda justificação de que vão recorrer aos fundos do QREN. Pois eu já disse que o QREN deveria ser reprogramado de forma a deixar de financiar mais obras e este tipo de transações, com exceção das infra-estruturais, absolutamente, imprescindíveis. Mas será que o regabofe é para continuar? Não tarde até as almas do outro mundo se levantam porque, pelos vistos, as que cá andam continuam impávidas e serenas perante estes atropelos.
A esta compra que vai ser feita, porque já está decidido, temos que juntar uma outra feita recentemente – o antigo quartel da G.N.R. Mais uns milhões de euros aos quais há que acrescentar o que se vai gastar em obras. Julgo que não errarei muito se no total resultar num gasto de 10 a 15 milhões de euros. Sim, um gasto porque eu não considero isto como um investimento mas explico porquê. Um investimento é uma aplicação de dinheiro ou capital com a perspetiva de obter rendimento. Ora a mim ninguém me convence que estes gastos de capital conseguirão gerar qualquer mais-valia. Muito pelo contrário, dado que nuns próximos longos anos todos os imóveis vão desvalorizar e então os deste tipo não haverá mesmo ninguém que os adquira. Teremos então mais capital imobilizado em bens não transacionáveis, quer interna quer externamente.
Como é possível que o atual Presidente da Câmara de Braga e dois dos putativos candidatos ao cargo nas próximas eleições pratiquem uma asneira, senão uma maldade destas? Utilizando, claro está, o dinheiro dos contribuintes.
Embora relacionado com este tema, mas desviando um pouco a “agulha”, tenho achado muita piada as novas bandeiras políticas desfraldadas pelo PS e pelo PSD locais. Refiro-me à enunciação da regeneração urbana como prioridade para os próximos tempos. Efetivamente andam muito atrasados no tempo, pensam e caminham ao retardador.
Há cerca de uns 8 anos, produzi um trabalho académico, mas sustentado em bases concretas e dados reais, em que defendi a tese de que a oferta de imóveis habitacionais (e também dos outros tipos) já excedia largamente a procura ou, que quiseram, as necessidades existentes e as emergentes em todo o Concelho de Braga. Este trabalho baseou-se em estatísticas oficiais do INE e está disponível para quem o quiser ler. Apesar de este fenómeno não ocorrer só em Braga mas em todo o país, como aliás está bem à vista, era neste Concelho que em 2003 esta realidade era mais acentuada. Predizia eu, nessa altura, que era altura de parar com novas edificações e optar pela requalificação dos imóveis existentes, sobretudo na zona histórica da cidade e nas freguesias não urbanas. As empresas de construção e de outros ramos, a montante e a jusante, continuariam a garantir atividade e emprego, tendo apenas que corrigir ligeiramente o tipo de trabalho a que estão habituadas e adaptar-se. Contudo, alguma reações que tive, por parte de pessoas com responsabilidade política, foi a de dizerem que “a construção ainda estava a dar muito dinheiro”. Pois agora está bem à vista o que se passa e quem fala agora, com anos de atraso, em regeneração urbana, requalificação e revitalização da cidade e do centro histórico já vem tarde. Agora há escassez de capital para fazer isso e com a agravante do desperdício de dinheiro com estas “compras”, pior ainda.
Podemos até fazer umas contas para não pensarem que estou para aqui a dizer umas palermices.
Se, em média, se gastassem 100.000 € por cada imóvel a requalificar (que é um valor acima do razoável), com 15.000.000 € seria possível recuperar, pelo menos, 150 imóveis na zona histórica. Permitindo suster o processo de desertificação humana          que tem vindo a ocorrer naquela zona e ainda, atrair novos moradores que propiciavam novas dinâmicas económicas e sociais. Se, em média, cada imóvel alojasse 4 pessoas teríamos mais 600 habitantes nesta zona da cidade.
Bom, mas felizmente que há autarcas que já adaptaram a respetiva filosofia de governação e eu conheço alguns e que se preocupam já com as inevitáveis consequências sócias que advêm da situação económica desfavorável. Há poucos dias, em conversa com um Presidente de Câmara, ele dizia-me que a prioridade é agora preparar-se para conseguir ajudar as pessoas e famílias cujas carências, até alimentares, vão aumentar. Poderá, inclusive, vir a ser necessário que se criar Refeitórios Sociais, aproveitando os recursos existentes para o efeito. Afirmando também que obras só o estritamente essencial para manter as infra-estruturas a funcionar.

Só espero vir a não ter razão.

Bom fim de semana.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

ONDE É QUE ISTO VAI PARAR? E QUANDO?

Antes de entrar propriamente na crónica de hoje, cumpre-me anotar que, tal como eu disse que não queria acreditar, a Administração do “Correio do Minho” não retirou, efetivamente as minhas crónicas por pressão de alguém. De facto foi mera coincidência entre timings e retiraram também outros cronistas inativos. Fica o reparo e as minhas desculpas.

Mas a prosa de hoje, assenta no que se passou 2ª feira passada, no programa do canal TVI 24 moderado por Judite de Sousa, com a participação de Medina Carreira e Paulo Morais, ex. Vice-presidente da Câmara do Porto, em que o tema abordado foi a “CORRUPÇÃO”.
Há muito tempo que venho acompanhando as posições que têm sido assumidas publicamente, por Paulo Morais, de forma clara e corajosa, relativamente ao fenómeno da corrupção. Ele tem investigado e detetado imensas situações que configuram, de forma clara, casos de corrupção.
Também Medina Carreira, tem andado, desde há muito tempo, numa cruzada contra a corrupção.
Embora o fenómeno da corrupção seja transversal a todos os setores de atividade, como foi salientado por Paulo Morais, que na Câmara do Porto foi responsável por pelouros do âmbito social e de obras e corroborado por Medina Carreira, é no setor da construção civil, obras públicas e imobiliário, em geral, que a corrupção é mais frequente, acentuada  e de maior dimensão em termos de valores envolvidos.
Mas isto já nós, há muito tempo, no vox populi   sabemos. Só que, com a atual conjuntura económica e social começam a emergir mais situações, muitas delas escandalosas, divulgadas publicamente, por cada vez mais pessoas, dando uma noção mais clara da dimensão do fenómeno da corrupção e dos valores globais envolvidos.

O Professor Paulo Morais foi extremamente elucidativo ao explicar como se processam as situações de corrupção, sobretudo aquelas que envolvem empresas de construção, autarquias e a própria administração central. Ele sublinhou que,  de há muitos anos para cá, é frequente as médias e grandes obras custarem e, 5 e até 10 vezes mais que o inicialmente previsto, sendo que a regra é esta e as exceções muito poucas.
 O Professor Medina Carreira, num registo a que já nos habituou, apoiou e reforçou ainda  o que Paulo Morais tão bem transmitiu com clareza e limpidez.  E contou dois episódios que se passaram com ele que, pelo menos a mim e julgo que a todos o que ouviram, me deixaram completamente atónito a assarapantado. Relatou ele que, há uns anos atrás, um camarada dele do Partido Socialista lhe garantiu que 85 % dos fundos recolhidos para as campanhas eleitorais não chegavam ao Partido, ou seja, ficavam pelo caminho. Mas que mais tarde, um deputado do PSD, coincidência das coincidências, lhe disse no meio de uma conversa que neste Partido 85 % dos donativos recebidos não chegavam ao Partido, ficando pelo caminho. Isto sem  que o Professor Medina Carreira lhe tenha falado do que lhe tinham contado relativamente ao PS. Ou seja, a ser verdade, a percentagem de desvios é a mesma nos dois maiores Partidos.
Digo-vos, toda a sinceridade, que nunca me passaria pela cabeça que isto acontecesse. E que ainda me custa a crer que assim seja.
Ora torna-se cada vez mais evidente porque é que o país chegou à situação atual. Corrupção em cima e atrás de corrupção, com muitos milhares de milhões de euros a "voar" para paraísos fiscais e a sair do circuito económico, empobrecendo o país.
Também estou completamente de acordo com ambos, quando defendem que está na hora dos Presidente da República deixar-se de mera retórica e passar aos atos, nem que para isso  resvale dos poderes que lhe estão cometidos pela Constituição da República. Porque se, em quase tudo, Portugal é já uma "República das Bananas", em que o regime democrático é usado para proveito de alguns em prejuízo da maioria, o Presidente mas também o Governo, os líderes partidários e os Tribunais têm que, em uníssono, intervir ativamente para parar com o processo de degradação económica e social em que estamos atolados.
Apesar de em algumas coisas não concordar com Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados, que tem substancialmente razão em praticamente tudo, sendo acusado por alguns de não ter razão sobretudo na forma, é de enaltecer o combate que ele tem travado para que a justiça  seja mais célere e deixe de contribuir para a impunidade, muitas vezes resultante de incidentes processuais, permitidos por lei. Como também disse Paulo Morais, no debate atrás referido, as leis que regem as operações imobiliárias e de construção, são tão confusas e carregadas de lacunas e omissões, que tudo é possível fazer e enquadrado legalmente.
Também Maria José Morgado tem vindo, há muito tempo, a alertar e denunciar o fenómeno da corrupção, explicando muito bem como ocorrem as situações e como é difícil provar os crimes associados.
É pois mais do que tempo de o mais alto magistrado da nação, o Presidente da República, dar o exemplo e agir. Começando até por ser mais peremtório e direto  ao abordar o tema da corrupção nos seus discursos. É que o Professor Cavaco Silva continua a abordar esta questão de forma muito abstrata  e paternalista, com medo de ofender alguém.
Para concluir, já diz o ditado que "quem não deve não teme". Por isso quando há suspeitas de enriquecimento ilícito,  deverá ser o detentor da riqueza  a provar que assim não foi. Só assim será possível suster o enriquecimento de alguns à custa de todos os outros e dos dinheiros públicos. E como referiu Paulo Morais, deverá ir-se ao ponto de obrigar a devolver ao Estado aquilo que foi apropriado de forma ilegítima e ilegal.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

AFINAL AINDA HÁ CENSURA...EM BRAGA

Cada dia que passa é um campo fértil para surpresas. Ou nem tanto. Pelo menos no que respeita à sua dimensão ou intensidade.
Pois ontem à noite, dei por mim a assistir atentamente, no canal TVI 24, a um programa moderado por Judite de Sousa, com a participação de Medina Carreira e Paulo Morais, abordando o tema "Corrupção".
Confesso que ainda estou  assarapantado com muito daquilo que ouvi.
Mas isso vou deixar para crónica seguinte que esta é para abordar outro assunto.

Ora há cerca de 2 anos fui convidado, pela Administração do jornal "Correio do Minho", a escrever quinzenalmente uma crónica, publicada às 3ªs feiras. Redigi, se a memória não me falha, 33 crónicas, mas posso confirmá-lo porque as tenho todas guardadas, além de outras pessoas e amigos.
Como cronista que era do "Correio do Minho", constava a minha foto associada a todos os textos publicados, na secção destinada a todos os cronistas no sítio eletrónico do jornal :  http://www.correiodominho.com/cronicas.php?cronistas=true 

Há 2 ou 3 dias atrás este sítio da internet ainda mantinha "armazenadas" as minhas crónicas associadas à minha foto, tal como as dos outroa cronistas.
Hoje, ao consultar o sítio, descobri que foram retiradas. É caso para dizer: não acredito em coincidências mas que as há, há. Já sei que o Armindo Veloso vai dizer que como já não sou cronista, não se justificava manter lá as crónicas. Mas então porque é que não o fizeram logo em Junho e esperaram tantos meses para isso ?
Não quero acreditar, caro Armindo, que o Double M e sus muchachos te tenham obrigado a isto, depois de este blog começar a aparecer. Porque se assim foi, temos a confirmação das suspeitas de que há censura em Braga, no "Correio do Minho". Se assim foi e eu acho que é apenas coincidência, seria resultado de uma das birrinhas habituais que, até me dão vontade de rir. Faz-me lembrar um episódio passado há uns anos atrás, quando alguém foi fazer queixinhas de que uma empresa, a quem foi entregue um trabalho até de pouco valor, era de Barcelos. Porque se devia dar preferência a uma ( talvez certa)empresa de Braga. Só que a empresa era de Braga, apesar de pouco conhecida mas o bufo (teria sido o ALF C ?) estava mal informado e consequentemente informou mal o chefe. E não é que este teimava e teimava em que a empresa era de Barcelos, não querendo sequer ler, a morada da sede social que lhe foi colocada à frente do nariz.
 Já agora, ficam a saber que não sou cronista de outros jornais porque não tenho muito tempo para isso e também porque não estou para me sujeitar a qualquer tipo de pressão (a que muita gente tem medo de chamar censura).

Obviamente que esta questão da censura e dos seus motivos entronca no tema que irei abordar numa próxima crónica.

E não pensem que fiquei chateado com o que o "Correio do Minho" fez. Pelo contrário, a previsibilade do ato é tão certa que até me divirto com isto. 

sábado, 19 de novembro de 2011

UM PESO E VÁRIAS MEDIDAS

Acabei de sair do Pavilhão de Tibães, após assistir a um empolgante jogo de futsal entre a EPB – Futsal e o Chaves, da 2ª divisão nacional. Num jogo extremamente renhido, a EPB conseguiu ganhar por 4-3, somando a 5ª vitória em 7 jogos e posicionando-se nos lugares cimeiros da classificação. A EPB – Futsal subiu, em dois consecutivos, da Distrital para a 2ª divisão nacional e tem levado o nome de Braga pelo país fora e em muitos sítios da internet e na comunicação social. A EPB – Futsal tem ainda uma equipa de juniores que, como é evidente, tratando-se de camadas jovens, desempenha uma função social tão necessária para os nossos jovens.
É pois lamentável que, a Câmara Municipal de Braga, nunca tenha dado qualquer apoio a esta equipa, como dá a outras. Porque será? Por não ter jogos no estrangeiro para que a Sra. Futura Ex-Vereadora da Educação e Desporto possa acompanhar. Como o faz com o S.C. Braga e ABC (este menos)? Porque é que outras equipas, sobretudo o S.C. Braga, inclusive o futsal tem apoios da Câmara ou de Juntas de Freguesia e outras não, como acontece com a EPB – Futsal ?
Pois se não fosse o apoio que os atuais proprietários da EPB dão, suportando despesas com inscrições de jogadores, pagamento de pavilhões para treinar e jogar, pagamento à GNR do policiamento dos jogos, pagamento os árbitros, deslocações e outras, a EPB – Futsal acabavam.
Pronto está bem, eu sei que para o Sr. Presidente da Câmara só devia existir o S. C. Braga e o ABC (este agora menos), clubes com os quais eu também simpatizo. Não esquecendo também o H.C. Braga, que também vai usufruindo de alguns apoios, conforme eu já vi anunciado na comunicação social.
Pois Sr. Presidente e Sra. Futura Ex-Vereadora, prescindam de algumas viagens ao estrangeiro, e do catering (ou será karting como disse o outro ?) na Tribuna que têm custos e redistribuam o dinheiro que assim seria poupado, em prol do desporto amador. Um bocadinho do dinheiro que é gasto com o S. C. Braga – muitos gostariam de saber quanto é, daria para apoiar, até em espécie, com a cedência de algumas horas em pavilhões para treinos e jogos, a EPB – Futsal e mais algumas equipas de várias modalidades. Não se esqueçam que o dinheiro não é vosso, mas sim dos contribuintes e eleitores que vos elegeram. Mas fizeram-no para que gastassem bem e não discricionariamente.
Já agora Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Tibães agradecendo, como apenas mero adepto que sou, a colaboração que tem dado à EPB – Futsal, também Mire de Tibães passou a ser mais visitada e conhecida por quem, de outras zonas do país, vem ver os jogos. Porque não “adotar”  a EPB – Futsal como equipa da Freguesia ? Dando mais um pouco de apoio, pelo menos com o Pavilhão. Até já há bastantes habitantes de Tibães a ir aos jogos.
Olhe que há outros Presidentes de Junta, que o Senhor bem conhece, que apoiam equipas que até jogam em divisões inferiores o que aliás até acho bem.

A EPB – ESCOLA PROFISSIONAL DE BRAGA ESTÁ BEM ENTREGUE

O melhor que podia ter acontecido à Escola Profissional de Braga foi ter sido adquirida à Câmara Municipal de Braga por quem foi.
Digam o que disserem, dadas as dificuldades que a EPB vinha tendo, nomeadamente quanto à situação económica e ao financiamento, conjugado com a orfandade a que sempre foi votada pelo Município de Braga, só pessoas que percebem do “negócio” e que, simultaneamente, estão bem-intencionadas quanto ao futuro da Escola, é que poderiam manter o projecto sustentável e duradouro.
A Câmara Municipal de Braga e particularmente o seu máximo representante, nunca deu importância alguma à EPB. Excetuando quando, em certas cerimónias públicas (muito poucas) dizia sempre que era o “pai” da EPB. Mas foi sempre um “pai” ausente e que nem sequer provia qualquer “pensão de alimentos para a filha”. Em quase 22 anos de existência, a Câmara Municipal de Braga não deu qualquer contributo financeiro para a EPB. Não suportou nenhum prejuízo em que a EPB incorreu apesar de, legalmente, a partir de certa altura a isso estar obrigada. É incrível mas é verdade que, a EPB nem sequer era enteada da Câmara de Braga. Apesar de desempenhar uma função social, de largo espetro, qualificando jovens e adultos (muitos milhares ao longo dos anos), garantindo emprego a muitos professores, formadores e pessoal não docente e oferendo ao tecido empresarial trabalhadores e técnicos qualificados de que a região e país tanto carecem.
Pensam vocês: mas a Câmara de Braga não tinha dinheiro para ajudar a EPB, mesmo sendo esta sua propriedade. Pois é mas havia e há dinheiro para outras coisas, com muito menos justificação. E, embora mais aceitável do que gastar em obras supérfluas, a Câmara de Braga transfere, todos os anos, 1.000.000 € para o Teatro Circo. Quando para a EPB seria necessário um montante incomensuravelmente menor.
Mas ainda bem que a Câmara de Braga se retirou da EPB. Pois eu aposto que daqui por pouco tempo a EPB vai ser uma escola muito mais saudável económica e financeiramente e bem sucedida na missão que lhe compete. Dada a minha ligação sentimental a esta Escola, torço por isso.
Mas esqueci-me de uma coisa e “a César o que é de César”. Efetivamente, o Sr. Eng. Mesquita Machado, quando foi para a construção do edifício para a EPB, não objetou e até pelo contrário, a que o erário público distendesse cerca de 1.600.000 € para a obra. Isto apesar do financiamento do PRODEP ser suficiente para construir um edifício com a mesma capacidade.
Pois é, mais um caso em que betão é betão e não há que abrir a mão.

A EPNAZARÉ AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

A ligação à internet pregou-me uma partida. Mas dizia eu que tenho a certeza que as crianças e jovens vão ficar satisfeitas com o almoço, bem com a organização do evento de patinagem a decorrer na Nazaré.
Já conheço sufientemente bem os alunos e os professores para ter confiança em que vai correr tudo pelo melhor.
Estas iniciativas são como "mel" para a aprendizagem dos alunos da EPNazaré. Pois enriquecem as suas competências e curriculum com esta formação em contexto real de trabalho. O que lhes proporciona melhores possibilidades de, quando acabaram a formação, encontrar uma colocação profisional mais facilmente e de melhor qualidade.
Bom trabalho a todos vós e parabéns antecipados pelo sucesso que vão ter concerteza.

A EPNAZARÉ AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

Hoje mesmo, os alunos e professores da Escola Profissional da Nazaré, vão confecionar e servir o almoço a 80 crianças e jovens que participam num certame de patinagem, nesta localidade.
Pelo empenho e profissionalismo dos formadores que estão a supervionar e acompanhar e tembém dos alunos que vão "tranbalhar", tenho a certeza

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

TAMBÉM HÁ "ONDAS" BOAS

Conforme referi na crónica anterior, vou por agora, mudar de registo. Isto apesar das solicitações que me têm chegado para falar do Theatro Circo, da AGERE, da Bragahabit, do Bragadigital e mais.
Mas não, vou falar sobre um projeto iniciado recentemente, ainda "criança", mas com perspetivas de vir a ser "adulto" cumprindo todos os requisitos para tal e contribuir para o desenvolvimento económico e social, de uma região - e naturalmente também do país.
É um projeto assente numa parceria saudável e proveitosa, constituída entre uma entidade pública e uma empresa privada, em que cada parte cumpre com aquilo a que se compromete, sem quaisquer truques e jogadas desleais.
Por isso tenho que felicitar o Município da Nazaré, na pessoa do seu Presisente, pela visão que teve e pelo empenho que o Município tem colocado neste projeto, privilegiando as pessoas e a satisfaçao das suas necessidades, mas na prática e não apenas na oratória. Infelizmente, ainda há alguns que fazem o contrário, apesar de dezerem que são "pais" de certos projetos mas que os abandonam, sabe-se lá bem porquê.
O que é um facto é que a Nazaré está a atravessar uma boa "onda" (não sei se viram a onda gigante surfada pelo Macnamara) e eu tenho o privilégio de a estar a acompanhar.
Numa altura de tantas dificuldades para os portugueses, todas as boas "ondas", gigantes ou mais pequenas, contribuirão para atenuar os problemas que estão a atormentar a maioria dos cidadãos.

Por agora deixo-vos com uma notícia, hoje mesmo publicada no jornal "Região de Cister", semanário da região.

A aguns amigos vou enviar por e-mail.

E a quem fizer comichão, só lhe resta coçar.

Ah, já me esquecia, o "compra tudo" de Braga, escusa de dizer que vai comprar, como fez noutros casos, que nós não vendemos.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O SEU A SEU DONO - CAPÍTULO 2

Depois de mais um intenso mas profícuo dia de trabalho, como sou fraco jogador de sueca e gosto mais de desportos com bola, vou escrever o resto da história, que iniciei ontem.
Pois é, sem saberem que, na minha passagem pela BRAGAHABIT, a questão dos lotes e em particular a do "Lote dos CTT" em que eu estive de certa forma e passivamente, envolvido relataram-me o seguinte:
- Sabías que o Lote/Terreno foi vendido por 3.000.000 € (600.000 contos) ao "espanhol" antes de ser comprado por 1.500.000 € (300.000 contos) à Câmara de Braga ?
Reagi eu:
- Não é possível ! Quem é que conseguía isso ?
Resposta:
- He Pá, o "figurão" do costume. Agora não sei se foi sózinho ou se foi como "testa de ferro" e depois repartiu com outros. É aquele que aparece muitas vezes como mecenas e benemérito mas que "só dá uma chouriça a quem lhe der uma vara de porcos". É como dizia aquele gajo: "eu com as calças do meu pai pareço um homem". Negócios destes são fáceis.
Disse eu:
- Talvez tenha acontecido isso, mas custa-me a acreditar. Então a Câmara de Braga tem tantas preocupações sociais, com as pessoas e famílias carenciadas e ía desperdiçar um montante destes. Olhem, de mal o menos, nem que o dinheiro fosse usado para acabar o Pavilhão ou a piscina olímpica, cujas obras estão paradas.

Bom, depois desta conversa, garanto-vos que fiquei mesmo com pena do João Nogueira, Presidente da BRAGAHABIT. Então ele com tantas solicitações, pressões e pedidos de casa e com poucos recursos para poder satisfazer tantas "necessidades".
Mas é a vida, e nem sempre cada um tem o que merece mas sim o que lhe querem dar.

E sobre a falência da MECAMIL, aqui há uns anos ? Querem conhecer mais uma história interessante passada na magnífica BRACARA AUGUSTA ?

Não, não estejam à espera, para já, de relatos sobre o BRAGADIGITAL. Lá mais para a frente. E até poderei recomeçar por um dos projetos, de execução bem sucedida, de forma autónoma, por uma empresa bem conhecida gerida por um PM também sobejamente conhecido.

Mas tenham calma, que nas próximas crónicas vou falar-vos de iniciativas e projetos com perspetivas de sucesso, assentes em parcerias lideradas por pessoas que colocam as pessoas à frente dos tijolos e cimento. E da areia também.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O SEU A SEU DONO

Já ando há uns tempos para abordar um assunto que pode configurar mais um número de circo na milenária e majestosa Bracara Augusta.
Como hoje tive um dia de trabalho intenso, vou apenas iniciar esta história ou, digamos, escrevinherei o primeiro capítulo.
Ora, tendo eu sido convidado, em finais de agosto de 1999, para asumir o cargo de administrador executivo da BRAGAHAHIT, empresa municipal criada nessa data, para gerir todo o património habitacional e a ação social até aí a cargo da Câmara Municipal de Braga, como a empresa não dispunha de recursos para sustentar a sua atividade e para expandir os apoios que lhe competiriam, em determinada altura foi-me dito que o denominado "Lote dos CTT" seria transferido para a empresa municipal, para reforço dos seus capitais e autonomia financeira e aumento da sua capacidade de intervenção.
Há data, o referido lote, que seria transferido para a titularidade da Câmara de Braga como compensação que lhe era devida, estava avaliado em 300.000 contos (1.500.000 €).
Pois até eu sair da BRAGAHABIT, em outubro de 2005, o "Lote dos CTT", não "chegou" à empresa. Assim como aconteceu com mais uns lotes, que também seriam destinados à empresa, chamados de "Lotes das Andorinhas".
Ora, assim sendo, é compreensível que os administradores que me sucederam continuassem com dificuldades em proporcionar mais e melhores apoios a famílias e pessoas carenciadas. Isto apesar de as indemnizações compensatórias terem passado a ser atualizadas, anualmente,após 2005 (até aí não eram).
Contudo, até determinada altura, já depois de ter saído, pensei que esses lotes acabariam por ser transferidos para a BRAGAHABIT, condescendendo com a habitual morosidade destas situações.
Até que, surpreendemente ou não, vimos nascer e crescer, no "Lote dos CTT", o atual denominado "Street Fashion", paredes meias com o Theatro Circo.
E perguntamos nós: que reviravolta é que a coisa deu ?
Pois contaram-me, recentemente, sem saberem que aquele Lote estava, apalavradamente, destinado à BRAGAHABIT, um final de história, que a ser verdade, explica mais uma situação em que bens públicos são usados para proveitos vultuosos de privados.

O tal final de história, será contado no próximo capítulo.

Entretanto, deixo a minha solidariedade ao João Nogueira, ao Henrique Moura e à Palmira Maciel, atuais administradores da BRAGAHABIT.

sábado, 12 de novembro de 2011

O VERDADEIRO CALOTEIRO

Fiquei extremamente satisfeito ao constatar, através da notícia publicada hoje, no "Diário do Minho", na página 8, que as " Grandes Câmaras da região pagam obras a "tempo e horas". Mais satisfeito fiquei, enquanto munícipe e eleitor de Braga, ao ver que a Câmara de Braga está nos primeiros lugares do ranking, quiça mesmo no primeiro lugar. Pois paga as obras a menos de 90 dias. Como,em geral, os valores respeitantes a obras, são elevados isto confere um elevado grau de cumprimento dos compromissos assumidos por quem gere os destinos da Câmara e aplica os dinheiros públicos que tem à sua disposição para gastar.
Mas será que faz o mesmo com valores a pagar mais baixos ? Será que o procedimento é o mesmo para todos os credores ? Ou já agora para quase todos ou para alguns não ?
Pois eu respondo: não é assim para todos. Mas porque será ?
Antes de vos mostrar que quem assina os cheques ou as ordens de transferência para pagamentos da Câmara de Braga, não cumpre, de igual modo, o dever de pagar, deixo-vos a definição de caloteiro, constante num dicionário que, para mim, melhor retrata essa "qualidade": Caloteiro é um agente do calote que é "uma dívida não paga e contraída por quem não tem a intenção de pagá-la".
Ora parece-me que é o que se passa na situação que vou retratar.
Há precisamente 628 dias, foi apresentada ao Sr. Presidente uma nota de honorários relativa ao trabalho de perito, efectuado desde finais de 2008, no âmbito de uma acção em Tribunal Arbitral em que a Câmara era a requerida, envolvendo o pedido de cerca de 2.500.000 € pela autora, que a terem que ser pagos, configuravam mais uma sobrecarga para o erário público. Este processo obrigou a imenso trabalho sendo que o executante desempenhou, cumulativamente, a função de árbitro no colectivo do Tribunal Arbitral para o qual foi indicado pela Câmara de Braga, trabalhando à noite, domingos e feriados , em função do andamento do processo. Os litigantes acabaram por chegar a acordo não tendo a Câmara ( ou melhor os contribuintes) que suportar tamanho prejuízo.
Pois bem, o montante dos honorários a pagar a quem foi pedido que fizesse o trabalho, corresponde a 0,7 % valor da acção ou, se quiserem a cerca de 3 prendas de casamento que é "normal" algumas pessoas receberem. E o valor destes honorários é exatamente igual ao valor que está tabelado pelo Tribunal Arbitral para remunerar os juízes-árbitros.
Várias cartas foram já enviadas a solicitar o pagamento sem qualquer resultado. É pois lamentável e desnecesário ter que se recorrer à via judicial, quando os Tribunais têm tanto que fazer. Mas se for necessário assim será.
O que é pena é este trabalho não ter sido incluído numa candidatura ao QREN, porque aí sim seria pago para aproveitar os fundos daí provenientes. Só que não deu tempo para fazer a candidatura, porque quando a autora da ação apresentou a petição a contestação tinha que ser feita num prazo muito curto.
Resta a consolação de estar a contribuir para a "poupança corrente" da Câmara de Braga (que eu e muitos ainda não percebemos o que verdadeiramente significa)que se for multiplicada por um fator elevado dará para construir mais uma obra "faraónica", que propicie aos seus autores mais um prémio internacional. Ou mais obras não tão grandes mas que prossigam com o investimento improdutivo em betão, porque o país é disso que precisa. Mas se não for para isto que seja para comparticipar, ainda que modestamente, nas despesas de manutenção e funcionamento (olhe que são despesas correntes) da magnífica obra de arte que é o novo estádio municipal.Mas que está e estará a ser pago por nós todos, contribuinte, e não por quem tomou a decisão de o construir.
Só espero que esta prosa cause "rubor das faces causado pelo pejo", signicado de vergonha constante em dicionário, ao decisor da construção do estádio e outras obras mais.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

PORTUGAL A CAMINHO DA FALÊNCIA ?

As mentalidades permanecem as mesmas. A maioria dos responsáveis políticos, nas Freguesias, nas Câmaras Municipais e na Administração Central, prosseguem com as mesmas práticas de há muitos anos. Privilegiando a aplicação da maior fatia de dinheiros públicos, colocados à sua disposição, em investimentos não reprodutivos de riqueza e rendimento. Como se o dinheiro fosse deles e não de nós todos.
São as sedes de Junta de Freguesia remodeladas, os adros das igrejas alvos de obras com bastante frequência, a colocação de bustos e estátuas a que ninguém liga e muitas coisas mais.
Nos Municípios também está bem à vista o exagero de gastos em betão. Com muitos Presidentes a persistirem, com uma grande lata, em fazer gáudio da "poupança corrente" para aplicar em investimento. Mas a que investimento é dada prioridade ? Que investimento é esse, na maior parte dos casos ? Lá caímos outra vez no betão, com pequenas, médias e grandes obras que não vão contribuir para dinamizar a economia. Porque é que esses senhores, ao invés de gastar milhões em mais obras, não apoiam as pequenas e médias empresas, aquirindo ou arrendando os muitos pavilhões que estão desocupados, cedendo-os gratuitamente ou por uma renda simbólica às empresas, novas ou já existentes, possibilitando-lhes a redução dos custos de produção, tornado-as mais competitivas e criadoras de postos de trabalho ? E simultaneamente fomentar o empreendedorismo, junto dos jovens (e dos menos jovens),de que o país tanto está carenciado.Porque é que os Munícipios, os que ainda não o fazem, não reservam uma parte do seu orçamento para atribuir bolsas de estudo aos jovens universitários mais carenciados, investindo no capital humano que é essencial ao crescimento e desnvolvimento económico ? Ao invé de gastarem o dinheiro em obras e construções da treta.
Pois o que estamos a asistir, é à evolução na continuidade, aplicando-se genericamente muitos milhões em obras e betão, perfeitamente improdutivos, como o que vai ser feito no antigo quartel da GNR, em Braga.Já me esquecia que cada um deles usa o costumado argumento de que "eu gasto pouco" (quanto ?), logo os outros que poupem.Foi isto, exatamente, que o Dr. Alberto João Jardim fez na Madeira. Ou seja, troca-se a manutenção do nível de vida de muitos pelos ganhos de uns poucos.Isto com uma leviandade atroz, quando o desemprego está a aumentar, os salários líquidos a baixar e muitas empresas a fechar. Quando o país precisa de produzir competetivamente para reduzir as importações e aumentar as exportações e retomr o crescimento económico.
Por isto tudo e tendo em conta que a Comissão Europeia já aceitou que Portugal faça um reprogramação e reafetação dos fundos europeus que nos estão consignados até 2013, eu defendo, com "unhas e dentes" que todo o investimento previsto, em betão, seja imediatamente cancelado. Para que deixe de se utilizar o argumento de as obras têm que se fazer para aproveitar os fundos europeus. E defendo que os muitos milhões que estavam programados para obras sejam canalizados para o apoio às empresas existentes, tornando-as mais competitivas, sejam também aplicados na promoção do empreendedorismo, fomentando a criação de novas empresas com redução do "risco de negócio". Apoiar também mais entidades que promovam e facultem a prática desportiva realmente amadora (sem os truques do costume)às crianças, jovens e adultos. Patrocinar, aplicando rentavelmente o dinheiro, as entidades que se inserem na produção cultural, mas não construindo ou fazendo obras em edifícios (que é coisa que no país não falta).
Pois façam as contas só aos milhões já previstos gastar em obras, no âmbito de Braga, Capital Europeia da Juventude 2012 e vejam o que se poderá fazer, alternativamnte, com esse dinheiro todo. Até porque edifícios, de toda a espécie e feitio, é o que não falta em Braga e em todo o país, em geral. Lembro que são cerca de 800.000 imóveis desocupados.
O que Portugal precisa é de produzir, competetivamente e para tal, há que canalizar todo o pouco dinheiro disponível para essa finalidade. Mas como a mentalidade, em geral, dos que usam os dinheiros públicos não muda, há que ser rástico e impedi-los de gastar como gastam.É que o dinheiro não é deles mas sim de nós todos e o que eles gostam mesmo é de mais uma inauguração de obra à vista.
Se o Governo não tiver coragem para lhes "cortar as vasas",Portugal caminha rapidamente para a falência.

CUMPRIMENTO DE PROMESSA

Apenas parcialmente. Porque o vídeo era muito grande.
Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=3ZNgm2ZDIE po pesquisando como bragigital, em entretenimento.
Também está no facebook.

sábado, 8 de outubro de 2011

O BAILE VAI COMEÇAR...

Pois é, vamos fazer os possíveis para que este espaço se torne animado. Para isso vamos diversificar, entremeando histórias bem dispostas com crónicas mais sérias.
Sei que vai haver muitos a dizer que não lêem, mas mentem com medo do chefe. É o exemplo das PM, que até lêem, porque aliás têm tempo destinado para isso todos os dias, mas dizem que não. Aos que lendo e assumem que o fizeram, lanço o desafio e o pedido de que interagam como e ma alinetem com temas que possam ser interessantes de abordar. Isto apesar de eu já ter uma lista que dá muito "pano para mangas".
Hoje vou começar com pouca conversa, porque é fim de semana e não vos quero maçar. E o assunto é o Bragadigital, de quem ninguém fala, exceto aqueles que ainda me telefonam ou enviam e-mails e sms, a questionar sobre o estado de funcionamento deste projecto, financiado pelos fundos comunitários e residualmente pelo Município de Braga. E perguntam vocês ! Mas porque é que ainda ligam a este indivíduo ? Porque, formalmente, este vosso concidadão ainda é Gestor do Projecto, na qualidade de consultor, mas sem qualquer competência decisória (como sempre foi desde que assumi a função). Então quem manda e decide ? É o Chefe do Projecto, inicado pelo executivo municipal ? Mas quem é ele ? O melhor será perguntarem.
Uma coisa é certa, o país está efetivamente pejado de AJJ´s. No Bragadigital, foram investidos 10.500.000 €, em infraestruturas tecnológicas. Acabado o investimento, o novo Chefe, coadjuvado por alguns entendidos (?) na matéria, anunciaram: "O Bragadigital acabou". Quando, na verdade, ainda não tinha começado, porque o essencial era colocar a funcionar e rentabilizar o inestimento feito. Mas como é que entregam a Chefia do Projecto a uma pessoa que, à frente de um dos sub-projectos e responsável por ele, não foi capaz de o executar na íntegra ? Pois é, "sapateiros a tocar rabecão" dá nisto. Tal como outro, afamado gestor da nossa praça, de uma empresa pública detentora de monopólio (não é o jogo)  no mercado em que se insere, que nem 20 % executou, do orçamento que lhe estava reservado. Foi o que se chama ter "mais olhos que barriga". Mas aos grandes gestores tudo se perdoa. Talvez questões de família assim o permitam.
Mas já me alongei mais do que previa para hoje, deixando-vos com o vídeo da apresentação pública do Bragadigital no facebook. Por causa desta apresentação começaram a espalhar que eu estava maluco. Como se fazia na antiga URSS. Lembram-se ? Mas isto dá uma outra história bem engraçada.
Até breve.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

TÃO AMIGOS QUE ELES ERAM !?

Era uma vez, três grandes amigos e camaradas de partido, mesmo no patamar da "unha com carne", que perante os outros até chegavam a intimidar. Faziam lembrar os "três porquinhos", para aqueles que são do tempo desses desenhos animados e que se lembram deles. Aquela irmandade a três, entre o JN, o AB e o VS até funcionava como uma muralha de aço. Quem não fosse por eles era contra eles. E tinha que se ter muita cautela porque,  "atiravam a pedra e escondiam a mão". Este brioso trio, comamdado pelo AB, escolheu, em tempos, um inimigo que, enfaticamente, designavam por adversário. Vocês sabem como é usual na política, dizer: "Nós não temos inimigos mas sim adversários", como se nós acreditássemos. Ora bastava eles pensarem que outra pessoa fosse amiga desse inimigo, que mesmo que o não fosse, era considerado também como inimigo. E depois espalhavam o "rótulo" no seio daqueles que pairavam à volta deles. Tenham cuidado que o P é amigo do N portanto vejam lá bem, tenham cuidado, senão não levam o "chupa-chupa". Tudo isto com o beneplácito do DOUBLE M a quem (tive sempre esta impressão) esta jogatina dava um certo gozo. Enquanto os gladiadores lutavam o imperador assistia de camarote.
Mas mudam-se os tempos e mudam-se as vontades. E como outros valores mais altos se alevantam e a ambição de um dos elementos cresceu desmesuradamente, "a santa trindade" (ainda não se falava na tróica) desfez-se, destacando-se um deles para ganhar avanço (adivinhei quem foi), outro foi encostado num posto tramado, tentando ainda acompanhar o primeiro e o terceiro andou numas "cruzadas modernas" à volta do mundo.
Mas eis que os generais do exército são substituídos e o marechal de campo das "cruzadas" passa a ser outro, tendo o anterior ( elemento do trio inicial) regressado ao seu território. Pensaram então alguns que ele iria tentar recuperar a desvantagem que tinha para o VS. Mas a maioria dizia que não, que ele vinha muito cansado e em baixo de forma. Que não teria hipóteses de apanhar o outro, entretanto especializado em "atirar pedras sem lhe verem a mão". Pois esta maioria, pelos vistos enganou-se e, repentinamente, o AB reentra no jogo e logo tomando a dianteira. Como dizem todos os treinadores, o jogo só acaba no fim do tempo e como dizia um outro: "prognósticos só no fim do jogo".
Teremos então muita animação nesta corrida, que poderá ter ainda outros concorrentes. Mas sou sincero - muita graça teria que, entretanto a lei fosse alterada e o atual imperador ainda pudesse  e quisesse participar na corrida. Isso é que era.
Peço desculpa, mas vocês devem estar intrigados com o que entretanto se passou com o outro membro do trio. Pois lá se mantém nos postos que há muito tempo ocupa e pelos vistos "nem joga nem dá cartas".

Boa noite e até breve.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

UM PAÍS DE AVESTRUZES

Como diz o velho ditado: "A culpa morre solteira". Portugal poderia ser o maior "exportador" mundial de actores de teatro e também, porque não, de cinema. Dizem vocês: mas este gajo está maluco!? Teríamos que gastar muitos milhões de euros em formação e os tempos não estão para isso. Respondo eu: Qual formação qual quê! Então a generalidade dos políticos, no activo desde há mais de duas décadas, são o quê senão grandes actores. Aliás não é para admirar porque o papel deles,atribuído pelos eleitores, é o de representar o povo na condução dos destinos do que é público. E eles apenas se têm enganado no "papel" que têm de representar. Não é nada demais, senão apenas um pequeno engano. Não tenho dúvidas que os políticos têm "representado" mas não a nós...

Peço desculpa mas tive que interromper. Prosseguirei logo que possível.

Minhas e meus caros, só a esta hora me consegui "libertar"  para continuar com a minha prosa.
Ora continuando, dizia eu que os políticos, salvo raras e honrosas exceções, têm representado mas não a nós, cidadãos e contribuintes. Quase todos, ao nível da administração central, regional e local  têm representado um grande "papel", proferindo agora discursos politicamente corectos (acho que tem um "c" a mais) mas esquecendo que, quando decidiram, foram mais as asneiras que fizeram do que as boas e coretas decisões que tomaram. E poucos escapam, a começar pelo atual mais alto magistrado da nação.
Para começar, porque é que, até hoje ainda não houve coragem política para aprovar uma lei do arrendamento condizente com o excesso de oferta de alojamentos habitacionais existente, desde há muitos anos e que provocou uma monstruosa imobilização de capital que tanta falta nos está a fazer. Os sucessivos governos e as autarquias, nomeadamente os Presidentes dos Municípios são os únicos e exclusivos responsáveis, por "motivos", de no país inteiro haver cerca de 400.000 alojamentod/habitações em execesso que possibiltariam, no mínimo, alojar cerca de 20 milhões de pessoas, ou seja, o dobro da população actual. Ora as projeções demográficas perspetivam para Portugal uma estagnação da população, nas próximas décadas, nos 10 milhões de habitantes. Consequentemente, temos presentemente e nos próximos anos (que são muitos) um imenso capittal empatado e não rentabilizável que imensa falta nos está e estará a fazer falta..
Fazendo umas contas simples, com base nos dados disponibilizados pelo INE e para começar temos o seguinte    panorama: 400.000 alojamentos desocupados, com uma área média de 120 m2, a um custo de 500 € por m2, dá um valor total de 7200 milhões de euros não transacionáveis, ou seja de capital improdutivo. Se juntarmos todos os edifícios não habitacionais, abandonados ou sem utilização teremos mais cerca de 5.000 milhões de euros. Acescendo os estádios, alguns dos quais apenas serviram para proporcionar prémios aos arquitetos mas que são completamente desadequados para a utilização a que se destinariam (como o estádio AXA de Braga) temos mais uns apreciáveis milhões de euros, sem ter em conta os custos de manutenção/exploração suportados pelos contribuintes (ou será que são os decisores políticos que pagam do bolso deles?). Já o outro dizia: "Com as calças do meu pai pareço um homem" ou então "eu mando vir o marisco mas vocês pagam". Mais as obras públicas que foram e continuam a ser executadas, porque o paradigma de investimento, crescimento e desenvolvimento não há meio de mudar, todas elas não rentáveis, teremos um mínimo de 50.000 milhões de capital imoblizado não rentável e não realizável.
Ora aqui é que está o cerne da questão. Todos nós, em geral,  temos culpa porque como dizia o saudoso Jorge Perestrelo: " É disto que o meu povo gosta". De representantes que são atores e que, presentemente fazem como a avestruz, enterrando a cabeça na areia. E agora quem paga estes desmandos e caprichos todos, levados a cabo pelos governos e pelas autarquias?  É sempre o Zé Povinho pois claro. Eles até acham, no plano discursivo, que foi tudo bem feito e que o grande culpado é o Alberto João Jardim. Todos os outros foram uns santos. Se assim é auditem as dívidas de todas as autarquias para sabermos, ao certo, qual é o buraco de cada uma e o respectivo contributo proporcional para o défice global.
Estou em querer, que quando isso for feito seremos confrontados com grandes surpresas.
Há muitos anos que sou contra as obrinhas, obras e obronas de mera fachada, que não contribuem em nada para a qualidade de vida das pessoas e para o desenvolvimento local, regional e nacional. Mas o povo ainda não percebeu que o dinheiro gasto, improdutivamente, nessas coisas poderia ser utilizado em prol das pessoas, e de um substantivo crescimento económico, desenvolvimento e bem estar. Muitos continuam a ser enganados pelos atores ou "representantes" que são os responsáveis pelo estado a que as finanças e a economia do país chegaram. E  o grande problema é que as "avestruzes" continuam a controlar e a prosseguir com o mesmo modo de operar, apesar de o Ministro da Economia e bem, dizer que o modelo de crescimento económico assente na construção, levado a efeito nos últimos 20 anos, está errado e que temos que optar por um outro modelo, assente no investimento reprodutivo de bens transacionáveis, substituidores de importações ou geradores de exportações. ó que os "representantes" não o ouvem, restando a opção de impedir legalmente as "avestruzes" de cointinuarem no único caminho que sabem trilhar e em que estão viciados.
Vejamos dois exemplos muito concretos. Em 2012 Portgal vai ser Capital Europeia da Cultura (Guimarês) e Capital Europeia da Juventude (Braga). O que seria de esperar e que serviu de base às candidaturas é que os financiamentos seriam prioritariamente destinados à criação e dinamização cultural, privilegiando eventos culturalmente enriquecedores e, no caso da juventude algo de muito similar em que o intangível mas reprodutivo seja dominante e dinamizador dos jovens no médio e longo prazos. Pois até aqui a desilusão está instalada. Só se ouve falar em milhões a investir em betão, com remodelações, construções, obras e similares. E quanto vai sobrar para a produção cultural e paraos eventos destinados a motivar, formar e alavancar a participação dos jovens no desnvolvimento do país?  No fim, se estiverem disponíveis, gostaria de ver as contas.
Pois é Senhor Ministro da Economia, "bem prega frei João no deserto"se os destinatários do sermão não forem obrigados a cumprir.
O Senhor Ministro tem falado muito bem e estou de acordo com quase tudo o que diz. Mas sem impor compulsivamente novas práticas e uma nova "cultura" para os "representantes" serem obrigados a cumprir, pouco ou nada irá mudar.

P.S. - Aprimorando as contas, com base nos dados do INE, considerando o capital que será necessário para reabilitar cerca de 200.000 imóveis, a conta  chegará aos 70.000 milhões de euros.


 

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

PROCESSO DE ADOÇÃO

Pois é. Resolvi adotar este blog, que vou utilizar para expandir o que me vai na alma.
Qualquer assunto poderá ser um bom assunto para  ser abordado. É pois isso que vamos fazer, sem quaisquer contragimentos e a salvo de actos de censura. Sim porque ela ainda funciona, a partir do visto prévio, normalmente para salvaguardar interesses e pessoas. Não se esqueçam que o poder económico e político andam de braço dado e controlam e constragem os mais atrevidos.
Por ora basta, porque venho apenas informar que, periodicamente, vamos ter conversas.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

AINDA A ESPERANÇA

O Governo tem anunciado um vasto leque de medidas, a prosseguir, para reduzir o desequilíbrio das contas públicas. Como era espetável, para já, teremos uma grande incidência do lado do aumento das receitas do Estado, através de maior carga fiscal. Do lado da redução da despesa, como também não é de admirar, o processo será mais lento e susceptível a maiores resistências. Mas o Governo tem afirmado que implementará inúmeras medidas, em todas as áreas de acção do Estado, que conduzam a uma poupança significativa de recursos financeiros. Esperamos que assim seja e que o Governo não hesite e sobretudo não recue.
Já tivemos oprtunidade de referir que, por exemplo, os muitos milhares de vereadores dos Municípios são perfeitamente dispensáveis. O que os Presidentes dos executivos municipais necessitam para os assessorar é de pessoas qualificadas, em muito menor número que o de vereadores, nas diversas áreas da governação local. As Assembleias Municipais, tal como a Assembleia da República não necessitam de tantos deputados. Isto é tão evidente que todos os cidadãos comungam desta perspetiva.
E então no tocante às empresas municipais é um regabofe. É que maioria delas servem, sobretudo, para arranjar lugares de administrador para ex-vereadores, a maioria dos quais já reformados, com pensão atribuída e quase todos incompetentes para a gestão de qualquer empresa e particularmente daquelas para onde são nomeados. Se pediram a reforma que vão "descansar" do trabalho árduo que tiveram, alguns durante 8 anos e deixem os lugares para pessoas mais competentes e mais jovens. Se têm dúvidas acerca disto, olhem à vossa volta, começando pelo município em que residem e vejam se não é verdade. Analisem caso a caso, empresa a empresa e pessoa a pessoa e tirem as vossas conclusões.
Também na administração central e aparelho do Estado há que concretizar as reduções e cortes que têm sido anunciados. Se este Governo não o fizer é porque afinal é cobarde e Portugal será um país sem futuro.
Se fizermos como a formiga, e formos juntando pedaço a pedaço, neste caso dos gastos efectuados, chegaremos a um valor global de grande dimensão.
Vamos lá ver, acompanhando o evoluir da situação, como estaremos daqui a dois ou três anos.
Que a esperança seja a última coisa a morrer.    

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

NÃO HAVIA NECESSIDADE...

O Ministro da Economia declarou que vai reduzir, mais do que é exigido pela Troika, nos cargos dirigentes da administração e empresas públicas.
Ora vamos lá dar-lhe uma ajuda, em termos de sugestões. Pode-se começar por reduzir já, significativamente, o número de assessores e adjuntos, directores e sub-directores e lugares afins, pois muitos estamos em tempo de trabalhar e não de fazer número, em comitivas que acompanham o Presidente da República, governantes, Presidentes de Câmara e outros, em inaugurações, visitas e deslocações. É mais do que óbvio para todos os portugueses, que uma grande parte deles pouco ou nada mais faz do que isso. Basta ver os telejornais para nos apercebermos do tamanho das comitivas. O país não está em condições de propiciar a tanta gente, paga para trabalhar, tantos momentos de lazer.
Também nas empresas públicas e nas empresas municipais, em geral, há administradores a mais. Ainda por cima quando a maioria delas beneficiam de privilégios de monopólio. Muitos não têm que fazer, outros não sabem fazer, mas todos auferem elevados rendimentos e outros benefícios. Nestas situações é possível avançar já com medidas correctoras.
Mas há mais onde emagrecer a máquina humana directa e indirecta do Estado a Administração Local. Perguntamos nós: para que são necessários os vereadores dos municípios? Seria muito mais eficiente, eficaz e menos dispendioso, ter um Presidente coadjuvado por quadros técnicos competentes nas diversas áreas da governação local. A esmadadora maioria dos vereadores não são capazes de conciliar a eventual  função   política com a competência técnica dos ditos pelouros que lhes são atribuídos. E depois só atrapalham e servem de caixa de ressonância a pedidos e cunhas que alguém terá que satisfazer. Há pois que começar já a pensar na mudança legislativa, há muito falada, que levará a que o Presidente eleito escolhe a equipa que o acompanhará. Sem esquecer que esses vereadores têm ainda adjuntos, assessores, secretrária, carro e motorista.
Se efectivamente o Governo estiver empenhado em cortar na despesa pública, então mãos à obra com celeridade e há que começar por cima, para que o povo anote o exemplo.

terça-feira, 12 de julho de 2011

VAMOS LÁ VER SE É DESTA

Há muitos Governos atrás que ouvimos anunciar medidas para racionalizar a Administração Pública. Portanto, para já, não é novidade o que o actual Governo tem manifestado, nesta matéria. Só que agora, não é mais possível continuar a adiar as decisões que são inevitáveis. Primeiro porque nos é imposto por quem está a emprestar dinheiro ao país e também porque a expectativa dos cidadãos, e em particular a dos trabalhadores, é que se acabe com os tachos para amenizar os sacrifícios de quem efectivamente trabalha e produz.
A este propósito, é salientar uma reportagem publicada, hoje mesmo, no jornal "I", que aconselho vivamente a ler. Nesta, é dito que, em média, por cada 45 trabalhadores dos organismos do Estado há um dirigente. Ao todo o Estado tem 11 600 chefes de nível superior ou intermédio, nos serviços centrais e regionais. Como dizia alguém: "são mais chefes que índios". Mas para esta média temos o contributo de situações completamente escabrosas, como a do Ambiente, em que para cada 10,4 trabalhadores, há em média um chefe. E a Cultura? Com um rácio de 13,7 trabalhadores por cada chefe.
Pois é, depois dizem que os professores, nos últimos anos a classe profissional mais massacrada, só têm que "chefiar" de 26 a 30 alunos por turma. Por isso a pergunta tem que ser feita: o que é que fazem aqueles chefes? Para além de irem aos seminários todos, às inaugurações e actos similares, para que os veículos de serviço não apodreçam?
E apostamos que muitos destes chefes nunca trabalharam, também porque nada sabem fazer. É pois tempo de começarem a fazer alguma coisa, porque a profissão de chefe não existe.
Depois a produtividade é baixa. Assim tinha que o ser.
Esperamos sinceramente que este Governo tenha  coragem para executar as medidas ñecessárias para mudar isto. Até porque estamos certos que, daqui a algum, tempo, o jornal "I" ou um outro, voltará a pegar neste assunto e a verificar a situação.
Para uma próxima oportunidade falaremos das Câmara Municipais. Que aqui também há muito pano para mangas. 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

LIMITES ÁS REFORMAS E PENSÕES

Apoio integralmente a medida, que foi anunciada pelo Governo, de estabelecer um valor máximo para as reformas e pensões. Espero que tal medida entre em vigor rapidamente. O montante que se fala de 2.500 € chega muito bem, tendo em conta o nível de vida dos portugueses. E esta medida deveria aplicar-se a todas as reformas e pensões em vigor, ou seja, não só para o futuro. É que se não há direitos adquiridos para uns também não há para outros. Vejamos o que aconteceu aos funcionários públicos bem recentemente, com os cortes de vencimento a quem ganha mais de 2.500 €.
Se não se tomarem medidas destas, os que têm agora 40 a 50 anos, quando chegarem à idade da reforma não vão receber nada. Para não falar nos mais novos.
E aqueles que estão já reformados porque desempenharam cargos políticos e ao fim de 8 anos, de trabalho árduo, adquiriram o direito a uma pensão? E muitos deles estão a exercer funções públicas tendo optado pela remuneração (e automóvel de serviço e motorista) e congelado a pensão. Se estão reformados que deixem o lugar para outros e se quiserem trabalhar, se forem competentes que vão para o sector privado. Se conseguirem.
Isto, de facto, desde há muitos anos que parecia um país rico.
E a quantidade de cargos públicos ocupados  por muita gente incompetente, muitos deles que nunca "trabalharam". E que não têm o mínimo perfil para isso. É caso para dizer: "vão trabalhar malandros" que as férias foram longas.
Como se vê há muito onde poupar e há quem queira trabalhar..
É fazer como a formiguinha. E afastar as cigarras.

AS AGÊNCIAS DE "RATING"

Como é que é possível, que se continue a dar importância a estas agências que, pelos vistos, continuam a determinar o estado económico e financeiro de países, bancos e empresas?
Qual a legitimidade das apreciações feitas por estas agências?
Há que acabar com estes monstros, que proferem disparates e condicionam, discricionariamente, o futuro de países e regiões.
Esta questão deverá ser colocada na ordem de trabalhos da ONU, com a maior urgência.
Acabe-se de vez com a credibilidade restante destas "pestes".

terça-feira, 5 de julho de 2011

SALVÉ O NOVO GOVERNO. POR ENQUANTO

Enquadrado no nome deste blog - formigueiro, há que saudar a coragem deste Governo, a ser concretizada, em acabar com inúmeros cargos (ou melhor tachos) da dita, a maior parte das vezes desdita, administração pública. Para quê tantos lugares de Directores-Gerais, Sub-Directores, Assessores, AQdministradores e afins, a maior parte deles ocupados por gente incompetente ou que nunca trabalhou? É assim mesmo PPC e restantes membros do Governo. É já mais do que tempo de por essa gente a trabalhar. Se não sabem fazer nada aprendam ou emigrem.Começo por louvar a vossa coragem que, até agora ninguém teve. Mas também serei o primeiro a dar cacete se não cumprirem.
Já agora, uma sugestão: quando houver inaugurações, limitem o número de pessoas que deixam de trabalhar para aparecerem nas fotografias. Por vezes é maior a "comitiva" que o número de beneficiários do equipamento inaugurado. Sei do que falo porque, há uns anos, na inauguração de um Lar de Terceira Idade, com capacidade para 50 idosos, estavam 80 pessoas para bater palmas no cortar da fita.

VAMO-NOS DIVERTIR...DÁ SAÚDE E FAZ CRESCER

Esta coisa, a que chamam blog ou blogue, serve para tudo e pode valer nada ou alguma coisa. Este tem como intenção que nos divertamos, mesmo que falemos de coisas sérias. Aliás, é a rir que a gente melhor se entende, mesmo que a vontade seja pouca.
Portanto, minhas caros e meus caros, escrevam com força o que vos vai na alma que assim poupam dinheiro com as idas aos bruxos. Nem tudo é o que parece ser. Mas quase tudo é o que parece. Há que perder o medo de quem, utilizando a dita democracia, a utiliza para tuso e todos condicionar.
É tempo de muitos começarem a sentir um formigueiro em muitas partes do corpo. Sobretudo naquilo que é habitual denominar-se por cabeça.

Força aí e escrevam. Para espantar os males e assustar alguns ou muitos.