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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

PORTUGAL A CAMINHO DA FALÊNCIA ?

As mentalidades permanecem as mesmas. A maioria dos responsáveis políticos, nas Freguesias, nas Câmaras Municipais e na Administração Central, prosseguem com as mesmas práticas de há muitos anos. Privilegiando a aplicação da maior fatia de dinheiros públicos, colocados à sua disposição, em investimentos não reprodutivos de riqueza e rendimento. Como se o dinheiro fosse deles e não de nós todos.
São as sedes de Junta de Freguesia remodeladas, os adros das igrejas alvos de obras com bastante frequência, a colocação de bustos e estátuas a que ninguém liga e muitas coisas mais.
Nos Municípios também está bem à vista o exagero de gastos em betão. Com muitos Presidentes a persistirem, com uma grande lata, em fazer gáudio da "poupança corrente" para aplicar em investimento. Mas a que investimento é dada prioridade ? Que investimento é esse, na maior parte dos casos ? Lá caímos outra vez no betão, com pequenas, médias e grandes obras que não vão contribuir para dinamizar a economia. Porque é que esses senhores, ao invés de gastar milhões em mais obras, não apoiam as pequenas e médias empresas, aquirindo ou arrendando os muitos pavilhões que estão desocupados, cedendo-os gratuitamente ou por uma renda simbólica às empresas, novas ou já existentes, possibilitando-lhes a redução dos custos de produção, tornado-as mais competitivas e criadoras de postos de trabalho ? E simultaneamente fomentar o empreendedorismo, junto dos jovens (e dos menos jovens),de que o país tanto está carenciado.Porque é que os Munícipios, os que ainda não o fazem, não reservam uma parte do seu orçamento para atribuir bolsas de estudo aos jovens universitários mais carenciados, investindo no capital humano que é essencial ao crescimento e desnvolvimento económico ? Ao invé de gastarem o dinheiro em obras e construções da treta.
Pois o que estamos a asistir, é à evolução na continuidade, aplicando-se genericamente muitos milhões em obras e betão, perfeitamente improdutivos, como o que vai ser feito no antigo quartel da GNR, em Braga.Já me esquecia que cada um deles usa o costumado argumento de que "eu gasto pouco" (quanto ?), logo os outros que poupem.Foi isto, exatamente, que o Dr. Alberto João Jardim fez na Madeira. Ou seja, troca-se a manutenção do nível de vida de muitos pelos ganhos de uns poucos.Isto com uma leviandade atroz, quando o desemprego está a aumentar, os salários líquidos a baixar e muitas empresas a fechar. Quando o país precisa de produzir competetivamente para reduzir as importações e aumentar as exportações e retomr o crescimento económico.
Por isto tudo e tendo em conta que a Comissão Europeia já aceitou que Portugal faça um reprogramação e reafetação dos fundos europeus que nos estão consignados até 2013, eu defendo, com "unhas e dentes" que todo o investimento previsto, em betão, seja imediatamente cancelado. Para que deixe de se utilizar o argumento de as obras têm que se fazer para aproveitar os fundos europeus. E defendo que os muitos milhões que estavam programados para obras sejam canalizados para o apoio às empresas existentes, tornando-as mais competitivas, sejam também aplicados na promoção do empreendedorismo, fomentando a criação de novas empresas com redução do "risco de negócio". Apoiar também mais entidades que promovam e facultem a prática desportiva realmente amadora (sem os truques do costume)às crianças, jovens e adultos. Patrocinar, aplicando rentavelmente o dinheiro, as entidades que se inserem na produção cultural, mas não construindo ou fazendo obras em edifícios (que é coisa que no país não falta).
Pois façam as contas só aos milhões já previstos gastar em obras, no âmbito de Braga, Capital Europeia da Juventude 2012 e vejam o que se poderá fazer, alternativamnte, com esse dinheiro todo. Até porque edifícios, de toda a espécie e feitio, é o que não falta em Braga e em todo o país, em geral. Lembro que são cerca de 800.000 imóveis desocupados.
O que Portugal precisa é de produzir, competetivamente e para tal, há que canalizar todo o pouco dinheiro disponível para essa finalidade. Mas como a mentalidade, em geral, dos que usam os dinheiros públicos não muda, há que ser rástico e impedi-los de gastar como gastam.É que o dinheiro não é deles mas sim de nós todos e o que eles gostam mesmo é de mais uma inauguração de obra à vista.
Se o Governo não tiver coragem para lhes "cortar as vasas",Portugal caminha rapidamente para a falência.

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