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domingo, 4 de dezembro de 2011

A FÁBRICA DA (DES)CONFIANÇA

O assunto continua na ordem do dia. Agora a Coligação Juntos por Braga anunciou, na comunicação social que, até ao dia 16 de Dezembro, os cidadãos poderão “apresentar sugestões quanto a possíveis utilizações do espaço da Fábrica da (Des)Confiança”. Aliás, segundo o texto do Diário do Minho, o “vereador do PSD desafia desde já os cidadãos a usarem o blog…”.
Mas o que é isto? Desafiar é para um jogo de matraquilhos ou de bilhar, quando muito de sueca. Agora, compra-se ou está em vias de se comprar um espaço, por uma bagatela de 3.550.000 €, sem se saber o que fazer dele e desafia-se os cidadãos a encontrar uma solução para esta asneirada. Depois, porventura, ainda virão dizer que os cidadãos é que são culpados porque não deram sugestões. Aqui há marosca e da grande! Por isso eu retiro o parêntesis do título e passo a chamar-lhe o espaço da “Desconfiança”.
Pois eu também lanço um desafio, à Assembleia Municipal de Braga e ao Tribunal de Contas. Não aprovem esta compra perfeitamente absurda no contexto de crise em que vamos entrar, porque a atual ainda não é nada.
A acrescentar a isto, o pessoal não tem assim tantas ideias que cheguem para o Edifício da CP, para o Quartel da GNR e agora, mais ideias para o “Espaço da Desconfiança”. Ainda por cima todas as ideias, que ocorram, vão custar muito dinheiro. E quem vai pagar? O contribuinte como de costume.
Mas eu estou para aqui a falar e para evitar que me digam que não apresento ideias, a minha primeira sugestão é muito simples e contém também um desafio: o Município de Braga, se já comprou, que venda o “Espaço da Desconfiança” pelo mesmo valor que pagou, de 3.550.000 €, se for capaz. Deverá ser fácil encontrar muitos interessados, porque o espaço até está bem avaliado por peritos na matéria. Se não comprou ainda, para não defraudar as expetativas dos vendedores, que arranje compradores por aquele valor. Se forem capazes ofereço um Bolo-Rei.
É que a minha casa também está avaliada, por peritos, em 200.000 €, só que ninguém me dá este valor por ela. Será que a Câmara de Braga estará interessada em comprar-ma? Eu ainda ponderarei um desconto.
Se não conseguirem concretizar esta sugestão e se a Assembleia Municipal ou o Tribunal de Contas não inviabilizarem a compra, dou ainda outra sugestão que poderá rentabilizar o espaço. Acolham a coleção Berardo, que anda em discussão com o Estado, e cobrem um valor bem alto pelo serviço que lhe vão prestar. Assim aufeririam de receitas, criariam emprego e traziam mais turistas a Braga, para ver a coleção. Mas eu estou a falar a sério, até porque a exposição Berardo pode compartilhar o espaço com outras coleções.
Por exemplo, uma coleção dos muitos “cromos” que nos têm governado e dos que nos querem governar.

De que estou convencido é que este negócio da “(Des) Confiança” cheira a esturro.

Não vos parece?

7 comentários:

  1. http://www.correiodominho.com/cronicas.php?id=3395

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. A quem pertence a empresa proprietária da fábrica? Ou quem dá a cara por ela? Sabem por acaso dizer-me, pf!

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  4. O Dr. Ricardo Rio com demonstrações destas de "boa gestão" vai morrer na praia. Aí que vai ,vai.

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  5. Está postado no Farricoco onde fui buscar e passo a citar
    Sobre o negócio da (des)Confiança valia a pena pensar nisto:
    1. A aquisição do imóvel pela Urbinews foi em 2001.
    2. Para comprar o imóvel, a empresa contraiu um empréstimo bancário à CGD, pelo que o valor de registo não pode andar longe do valor da aquisição.
    3. A compra foi feita por uma empresa, que não tem qualquer interesse em baixar o preço de um activo seu. Só a prejudica nas relações com a banca, onde os bens das empresas servem de garantia dos empréstimos.
    4. O imóvel destinava-se à construção do Outlet Braga, que deveria ter aberto em 2008, só que faltou o guito para o construir
    5. O principal sócio da Urbinews é sócio de Pedro Machado, administrador da Braval, numa imobiliária criada em Moçambique, em 2008 (data prevista para a abertura do Braga Outlet), que pode tomar parte em qualquer empresa, em qualquer parte do mundo, pelos seus estatutos.
    6. Pedro Machado é genro de Mesquita Machado.
    7. Parte do uimóvel Confiança foi vendido ao BragaParque para ampoliação do centro comercial, operação que nao foi sequer licenciada:
    8. Uma outra parte do imóvel foi vendida ao Cheio Cheio
    9. Em 2009, o "dono" da Urbinews foi numa missao empresarial a Cabo Verde, integrando a comitiva de José Sócrates (quem diria?)
    10. Quando se propôs vender o que resta da Confiança à Câmara de Braga, a Urbinews já estava classificada com um rating de "lixo", em português "Risco Elevado".
    11. Nas contas de 2010, a própria Urbinews avalia todos os seus imóveis em um milhão 715 mil euros. Dando de barato que só possuia o que vendeu à Câmara, é menos de metade do que a Câmara vai pagar.
    12. Nenhum empresário no seu perfeito juízo baixa para metade o valor dos seus activos, nas contas oficiais que poderá ter que exibir à banca para garantir empréstimos.
    13. Em 2009, Ricardo Rio contou com um "pequeno apoio" do senhor Hernani Vaz Antunes para a a sua campanha às autárquicas.

    14. Hernani Vaz Antunes é o "dono" da Urbinews e de várias outras empresas tipo "à la minute", registadas na Conservatoria do Registo Comercial de Braga. E tem investimentos em países como Cabo Verde, Brasil e um outro país de Leste, através de empresas com capital social de 50 e 125 mil euros, vá-se lá saber porquê...É que este senhor surgiou do nada, a vender os terrenos para o Dolve Vita Braga... e de um momento para o outro passeia-se em altas máquinas... Ao bon estilo de dois emigrantes que viraram os maiores empreiteiros de Braga e são o rosto de um poderoso grupo económico que nem eles sabem explicar.. É que entre Bragaparques e Bragaparque há muita confusão.

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  6. O Zé do Telhado, roubava aos ricos para dar aos pobres. Agora apareceu um, que não dá a cara, muito aflito, a soldo de quem possa andar com comichão, a insultar e a ameaçar. Ai que eu estou cheio de medo.
    Se retirares o anonimato eu publico até os insultos. Não tens t...... pois não.
    És tu e um tal AgoraouNunca a querer armar intriga entre mim e um jornalista da nossa praça. Porventura são o mesmo.

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