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sábado, 14 de janeiro de 2012

“OS BRAGAS” DE LUANDA

Devido ao muito trabalho que tenho tido, há muito tempo que não escrevo uma crónica neste espaço. Tenho, no entanto alguns temas em carteira que vou abordar nos próximos tempos.
Não ia ser este que vou relatar, mas a pedido de um grande amigo e sob muita insistência da parte dele, para que fizesse este relato, vou contar-vos um episódio real, ocorrido há uns dias atrás, que me deixou deveras envergonhado.

Conversávamos com um empresário da região centro do país, conhecido de um terceiro amigo nosso que nos apresentou na altura, após um convite para vir tomar café. Este empresário está envolvido em múltiplas áreas de negócio em Angola, desde 1992. Falávamos sobre as oportunidades de negócio naquele país quando, muito naturalmente, um dos meus amigos perguntou se era verdade que ocorria muita falta de cumprimento com os pagamentos, por parte das entidades públicas e privadas angolanas. E perguntou também se era verdade ser muito difícil ou quase impossível realizar transferências de capital de Angola para Portugal.  Eu também tinha curiosidade em saber as respostas a estas questões, porque também tenho ouvido dizer, no “vox populi” ligado a algum empresariado de Braga, que é o que se passa realmente. Mas aguardei calado, esperando a reação.
Como resposta, ele começou por se rir e disse que nunca teve problema algum dessa índole, e que negoceia lá como em Portugal ou em qualquer parte do mundo e que, em tantos anos não tem razão de queixa dos angolanos. Mas que tem, que se queixar sim de alguns portugueses que já lhe “ferraram o cão”.
Contudo, continuando ele, há alguns empresários portugueses que, nos últimos anos, têm lá chegado armados em muito espertos e que começam por oferecer, por exemplo, a construção de uma escola ou de outro tipo de equipamento social, como forma de garantir a adjudicação de grandes empreendimentos e depois estes nunca mais avançam ou são mesmo fictícios. Pensam que compram tudo e todos e depois ficam “a arder”. Diz ele que estavam mal habituados, às facilidades que tinham cá em Portugal, em proceder desta forma. Ou então que se queixam que não conseguem trazer o dinheiro para Portugal para disfarçar ou camuflar a sua colocação noutros lados.
Ora foi neste ponto que, sem nenhum de nós dizer nada, ele diz: “Nós lá, em Luanda, quando falamos de algum caso destes dizemos: Isso foi de certeza alguém dos “bragas”. Como quem diz, que faziam parte do grupo dos “totós”. Ao ser-lhe perguntado quem eram, ele referiu alguns nomes bem, para não dizer sobejamente, conhecidos de Braga.
Imaginem a reação de um dos meus amigos que disse logo: É pá este gajo (que era eu) é de Braga. E gozaram comigo como perdidos. É claro que, mesmo a brincar, não gostei apesar de não ser natural de Braga mas ter vivido a maior parte da minha nesta cidade.
Então foi o resto da conversa a meterem-se comigo, os meus amigos obviamente, porque o nosso interlocutor ainda não tinha confiança para isso e até ficou um bocado embaraçado. Ia lá ele imaginar que estava ali alguém de Braga.

Além da da história aqui contada, tenho que deixar aqui um recado.
Andam para aí uns FP, que se dão pelo nome de Anónimo, a escrever ameaças e baboseiras, pensando que intimidam o autor destas crónicas. Devem ser daqueles que mandam piropos às mulheres, mas escondidos atrás de alguém ou de alguma coisa. Até perante elas são uns frouxos ou sofrem de ejaculação precoce. Eu, se tivesse mais um filho nunca lhe punha o nome de Anónimo Braga ou, Se fosse rapariga, Anónima Braga. Braga até é um nome bonito Paulinho, como o Porche amarelo que o Atlético de Madrid ofereceu ao Futre. Mas Anónimo? E depois, na rua, quando alguém chamasse: Anónimo, é pá tas bom? Haveria logo 50 gajos a virar-se.

3 comentários:

  1. Próximo tema: "As movimentações partidárias em Braga".

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  2. Tema seguinte: " O super gestor Peter Axe - uma história de encantar"

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  3. Esse gajo, perdão sr. gajo que te anda a fazer ameaças meteu-se com a malta errada, ele que tenha cuidado, que a rapaziada do BAIRRO DOS ANJOS é fina e um dia destes dá-lhe com um Barbo na tromba.
    Força compadre o Bairro dos Anjos está contigo.

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