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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O SEU A SEU DONO

Já ando há uns tempos para abordar um assunto que pode configurar mais um número de circo na milenária e majestosa Bracara Augusta.
Como hoje tive um dia de trabalho intenso, vou apenas iniciar esta história ou, digamos, escrevinherei o primeiro capítulo.
Ora, tendo eu sido convidado, em finais de agosto de 1999, para asumir o cargo de administrador executivo da BRAGAHAHIT, empresa municipal criada nessa data, para gerir todo o património habitacional e a ação social até aí a cargo da Câmara Municipal de Braga, como a empresa não dispunha de recursos para sustentar a sua atividade e para expandir os apoios que lhe competiriam, em determinada altura foi-me dito que o denominado "Lote dos CTT" seria transferido para a empresa municipal, para reforço dos seus capitais e autonomia financeira e aumento da sua capacidade de intervenção.
Há data, o referido lote, que seria transferido para a titularidade da Câmara de Braga como compensação que lhe era devida, estava avaliado em 300.000 contos (1.500.000 €).
Pois até eu sair da BRAGAHABIT, em outubro de 2005, o "Lote dos CTT", não "chegou" à empresa. Assim como aconteceu com mais uns lotes, que também seriam destinados à empresa, chamados de "Lotes das Andorinhas".
Ora, assim sendo, é compreensível que os administradores que me sucederam continuassem com dificuldades em proporcionar mais e melhores apoios a famílias e pessoas carenciadas. Isto apesar de as indemnizações compensatórias terem passado a ser atualizadas, anualmente,após 2005 (até aí não eram).
Contudo, até determinada altura, já depois de ter saído, pensei que esses lotes acabariam por ser transferidos para a BRAGAHABIT, condescendendo com a habitual morosidade destas situações.
Até que, surpreendemente ou não, vimos nascer e crescer, no "Lote dos CTT", o atual denominado "Street Fashion", paredes meias com o Theatro Circo.
E perguntamos nós: que reviravolta é que a coisa deu ?
Pois contaram-me, recentemente, sem saberem que aquele Lote estava, apalavradamente, destinado à BRAGAHABIT, um final de história, que a ser verdade, explica mais uma situação em que bens públicos são usados para proveitos vultuosos de privados.

O tal final de história, será contado no próximo capítulo.

Entretanto, deixo a minha solidariedade ao João Nogueira, ao Henrique Moura e à Palmira Maciel, atuais administradores da BRAGAHABIT.

1 comentário:

  1. Venha de lá esse próximo capitulo, de certeza bem mais polémico.
    Já estou com um formigueiro de curiosidade...

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