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sábado, 19 de novembro de 2011

A EPB – ESCOLA PROFISSIONAL DE BRAGA ESTÁ BEM ENTREGUE

O melhor que podia ter acontecido à Escola Profissional de Braga foi ter sido adquirida à Câmara Municipal de Braga por quem foi.
Digam o que disserem, dadas as dificuldades que a EPB vinha tendo, nomeadamente quanto à situação económica e ao financiamento, conjugado com a orfandade a que sempre foi votada pelo Município de Braga, só pessoas que percebem do “negócio” e que, simultaneamente, estão bem-intencionadas quanto ao futuro da Escola, é que poderiam manter o projecto sustentável e duradouro.
A Câmara Municipal de Braga e particularmente o seu máximo representante, nunca deu importância alguma à EPB. Excetuando quando, em certas cerimónias públicas (muito poucas) dizia sempre que era o “pai” da EPB. Mas foi sempre um “pai” ausente e que nem sequer provia qualquer “pensão de alimentos para a filha”. Em quase 22 anos de existência, a Câmara Municipal de Braga não deu qualquer contributo financeiro para a EPB. Não suportou nenhum prejuízo em que a EPB incorreu apesar de, legalmente, a partir de certa altura a isso estar obrigada. É incrível mas é verdade que, a EPB nem sequer era enteada da Câmara de Braga. Apesar de desempenhar uma função social, de largo espetro, qualificando jovens e adultos (muitos milhares ao longo dos anos), garantindo emprego a muitos professores, formadores e pessoal não docente e oferendo ao tecido empresarial trabalhadores e técnicos qualificados de que a região e país tanto carecem.
Pensam vocês: mas a Câmara de Braga não tinha dinheiro para ajudar a EPB, mesmo sendo esta sua propriedade. Pois é mas havia e há dinheiro para outras coisas, com muito menos justificação. E, embora mais aceitável do que gastar em obras supérfluas, a Câmara de Braga transfere, todos os anos, 1.000.000 € para o Teatro Circo. Quando para a EPB seria necessário um montante incomensuravelmente menor.
Mas ainda bem que a Câmara de Braga se retirou da EPB. Pois eu aposto que daqui por pouco tempo a EPB vai ser uma escola muito mais saudável económica e financeiramente e bem sucedida na missão que lhe compete. Dada a minha ligação sentimental a esta Escola, torço por isso.
Mas esqueci-me de uma coisa e “a César o que é de César”. Efetivamente, o Sr. Eng. Mesquita Machado, quando foi para a construção do edifício para a EPB, não objetou e até pelo contrário, a que o erário público distendesse cerca de 1.600.000 € para a obra. Isto apesar do financiamento do PRODEP ser suficiente para construir um edifício com a mesma capacidade.
Pois é, mais um caso em que betão é betão e não há que abrir a mão.

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